Decisão do STF não muda perfil do mercado, diz professor

Diário MS - Para o professor e coordenador do ID_CURSO de jornalismo da Unigran (Centro Universitário da Grande Dourados), Bruno Augusto Amador Barreto, a decisão do STF (Supremo Tribunal Federal), que na quarta-feira derrubou a exigência do diploma para exercício da profissão de jornalista, não deverá alterar o comportamento do mercado da comunicação e nem pode ser considerada uma ameaça aos mais de 400 ID_CURSOs de jornalismo existentes no país. Conforme Barreto, a decisão dos ministros do STF apenas acaba com a obrigatoriedade do diploma, mas não “desclassifica” a importância da academia na formação de profissionais de qualificados para atuar na área. “Caiu a obrigatoriedade do diploma e não o papel que ele exerce na sociedade. Acredito que as empresas de médio e grande portes vão continuar contratando os profissionais que cursaram os bancos da faculdade de jornalismo. Sabemos que o diploma não é e nunca vai ser garantia de competência no jornalismo ou em qualquer outra área de atuação. Existem ótimos profissionais no mercado jornalístico que não possuem diploma. No entanto, acredito que não haverá espaços para aventureiros que não possuem diploma e que pretendem ingressar no jornalismo, já que o mercado é dinâmico e hoje nenhuma empresa vai se dar ao luxo de colocar em sua redação uma pessoa que não tem a mínima noção do jornalismo e que precisaria de alguns anos para o aprendizado. O mercado continua se selecionando”, ressaltou o professor. ID_CURSOS O coordenador do ID_CURSO de Jornalismo da Unigran disse que o posicionamento do STF também não muda a realidade das pessoas que cursam jornalismo no Brasil ou sonham em ingressar na faculdade para exercer a profissão. “Em diversos países da Europa também não existe a obrigatoriedade do diploma de jornalismo, mas as faculdades estão sempre cheias e oferecendo um ensino de excelência. As pessoas têm que procurar o jornalismo porque se identificam e gostam da profissão. Como em qualquer outra área. A aptidão é e sempre será o diferencial para definir o sucesso do profissional em sua área de atuação. Por isso, os ID_CURSOs de jornalismo vão continuar sendo procurados pelas pessoas apaixonadas pela área e que sonham em ser bons profissionais”, comentou. No entanto, Bruno Barreto acredita que a queda da obrigatoriedade do diploma de jornalista também servirá como espécie de “incentivo” para que as faculdades de jornalismo espalhadas por todo país se preocupem ainda mais com a melDATA_HORA da qualidade do ensino. “Todos vão trabalhar de forma mais intensa para elevar ainda mais a qualidade do ensino, formar bons profissionais e contribuir com o crescimento da área da comunicação no país”. (Henrique de Matos)