Alimentação na era das transformações genéticas é assunto de debate no ID_CURSO de Nutrição.

Mesmo os pesquisadores não afirmam se os alimentos geneticamente modificados são “promessa de abundância ou nova praga do Egito”, como diz Jocelem Mastrodi Salgado (ESALQ/USP), em artigo na Internet. Mas eles estão em busca de respostas científicas para a questão, diz a coordenadora do ID_CURSO de Nutrição da UNIGRAN, professora Regiane Maio. “Na verdade, a gente consome bastante esses alimentos e nem sabe que os está consumindo. Há vários estudos sendo feitos, alguns contra, outros a favor deles, mas os resultados só vamos conhecer em longo prazo”, comentou a professora. Para debater a questão, o ID_CURSO recebeu, na sexta-feira, a geneticista Odinéia Forner, Mestre em Genética e Evolução e pesquisadora em instituições do Estado do Amazonas, que ministrou a palestra “Alimentação e Nutrição Pós-Genoma”. A convidada deu explicações aos alunos de Nutrição e Enfermagem sobre o processo de modificação transgênica, enfocando questões nutricionais e doenças de causa genética. Contra algumas, como a obesidade e a diabete, a alimentação pode ter função terapêutica. Além dos alimentos transgênicos – principalmente, os vegetais modificados para resistirem a certos defensivos agrícolas ou para se obter maior concentração de alguma substância de interesse nutricional ou farmacológico, como o licopeno, no tomate –, concorrem para o aparecimento de doenças o elevado consumo de alimentos ricos em gordura e açúcares, como a maior parte dos industrializados. A professora Rosilma Salamoni, organizadora da palestra, diz que é muito importante para o nutricionista conhecer as possíveis origens das doenças para se utilizar a terapia adequada ao ID_TIPO de patologia. “Não existe um tratamento nutricional se não se sabe a causa [da doença], se for genética, ela deve ser tratada de forma diferenciada da causa ambiental, como é o caso da diabete”, explicou. (cobertura: Aliny Fernandes).