Acadêmica da UNIGRAN apresentará pesquisa jurídica no "VI Congresso Mundial de Bioética".

A acadêmica Marlene Falco de Lima, do 5º ano C do ID_CURSO de Direito da UNIGRAN, foi aceita pelo Conselho Federal de Medicina para participar do “VI Congresso Mundial de Bioética – Poder e Injustiça”. Neste Encontro de especialistas de todos os continentes, que será realizado entre 30 de outubro e 3 de novembro, em Brasília, a estudante comunicará a monografia jurídica “Bioética: Imergindo nas normas de Direito pra emergir na sociedade futura”, um trabalho de conclusão de ID_CURSO que foi produzido com a orientação do professor de Medicina Legal Antônio Jajah Nogueira e mereceu a Nota Dez, com louvor, da banca de avaliadores da Faculdade de Direito da Instituição. “A Bioética é um tema muito atual, porque temos que criar mecanismos de defesa contra as aceleradas descobertas da humanidade; e, a Marlene desenvolveu um trabalho muito rico, profundo e vasto sobre o tema”, disse o professor. O orientador, que é visto por sua orientanda como exigente e criterioso, falou que a acadêmica demonstrou interesse, pesquisando diferentes fontes, e responsabilidade em buscar respostas para as indagações que foram surgindo progressivamente. “A Bioética é um tema muito mais amplo do que se imagina. Isso foi o que mais conquistou a atenção da Marlene e despertou nela vontade de mergulhar no assunto, porque, muito mais que clone, há que se discutir a questão do viver bem, da melhoria da qualidade de vida do ser humano; então, a responsabilidade social envolvida nesse problema é muito grande”, disse o professor Antônio Jajah. A AUTORA E A MONOGRAFIA Conforme elogiou o professor-doutor Helder Baruffi, docente da UFMS, a acadêmica da UNIGRAN desenvolveu “pontes” de pensamentos que ligam as Ciências Jurídicas e a Medicina aos novos conceitos de Biodireito e Bioética. Ele sublinha a forma positiva de abordar o tema e o trabalho de investigação da pesquisadora, que resultou em uma Monografia metódica e de rica bibliografia. Marlene Falco trabalhou um longo período em hospitais como auxiliar de enfermagem antes de decidir-se pelo Direito. Essa experiência explica a sua escolha pela temática Bioética. “Nós estamos em uma sociedade muito injusta, principalmente na área da saúde. Hoje o sistema de saúde privilegia as pessoas que têm poder aquisitivo melhor e a Bioética está visando muito a justiça social, e o envolvimento da sociedade, como um todo, dentro da justiça, da ética e da moral”, fala acerca de seu trabalho, citando as muitas contribuições que teve de profissionais e professores da UNIGRAN e de outras instituições do país que lhe indicaram ou forneceram materiais que utilizou na pesquisa. Nessa Monografia Jurídica, a acadêmica aborda o início da vida, os direitos do embrião, do nascituro, a inseminação artificial e os direitos do pré-embrião, a clonagem e os problemas ético e moral que recobrem o futuro de um clone - sobre o que ainda não existem leis –, bem como discute a relação médico/paciente e a “exploração da morte”. A acadêmica observa que a morte, embora seja um fato natural, é utilizada para se “abusar do psicológico das pessoas”. O que seria então a Bioética? O que a Bioética está trazendo para nós, neste século XXI? Ela responde que é a Bioética emergente, a que trata do Projeto do Genoma Humano, a que garanta direitos e tratamento ético às questões colocadas. “Temos também a Bioética persistente, que é a da Saúde Pública, que é o fator de o poder público não investir na sociedade, deixando tantas pessoas à margem e, ainda, dos Seguros-Saúde que beneficiam aqueles de poder aquisitivo maior”, diz Marlene Falco. Marlene revela que está um pouco ansiosa pela apresentação de sua Monografia em um Congresso que terá a atenção de grande parte da comunidade científica mundial. Por isso, fez um ID_CURSO de oratória com a professora Noemi Ferrigolo, visando à sua comunicação, que será vertida para o espanhol em tradução simultânea. “Quero me preparar bastante, porque falar em público é uma graça que poucas pessoas têm”, disse a acadêmica que se refere à UNIGRAN de uma maneira especial: “Tenho o maior orgulho de estudar aqui e estou muito contente. Eu me sinto uma das alunas mais privilegiadas por estudar na UNIGRAN. Acho que cresci aqui dentro não só como estudante, mas como pessoa também”, declarou. PESQUISA EM CIÊNCIAS JURÍDICAS Há alguns anos, a Faculdade de Direito da UNIGRAN – que também desenvolve ID_CURSOs de Pós-Graduação e um Mestrado em Direito, este em convênio com a universidade de Brasília – foi uma das primeiras do país a instituir linhas de pesquisas no campo das Ciências Jurídicas, estimulando a investigação científica já em nível de graduação. Os trabalhos são produzidos em forma de Monografia Jurídica de Conclusão de ID_CURSO, com orientadores de áreas específicas, conforme a escolha do estudante. Os graduandos têm total liberdade de escolha dos temas sobre os quais irão dissertar, sabendo que a proposta é não exatamente a de averiguar o nível de aprendizado, mas sim de consolidá-lo, e de proporcionar-lhes uma visão mais abrangente ou não puramente dogmática das leis e de como são produzidas e aplicadas. Assim, espera-se que o advogado faça a interpretação não apenas literal de uma norma, mas que saiba situá-la no contexto da sociedade, dos valores dessa sociedade e no momento histórico que essa sociedade está vivendo. Mais ainda, o profissional do Direito deve encaminhar novas formas de enfocar o Direito, especialmente utilizando-se de conhecimentos que os juristas chamam de auxiliares do Direito, como os da Filosofia, da Psicologia, da Sociologia e de outros campos do saber que possam contribuir para o avanço das leis que ordenam a vida em sociedade. Relativamente à formação acadêmica para o exercício da profissão de advogado, os professores que coordenam as “Monografias Jurídicas de Conclusão de ID_CURSO” acrescentam que a tarefa de desenvolver essas produções dá ao graduando a vantagem de poder fazer leituras diferenciadas das leis, até mesmo nas questões mais pragmáticas e rotineiras, por meio do exercício correto de raciocínio, e de pleitear novas leis, o que antes era impensável. Um grande número desses trabalhos está disponível na Biblioteca da UNIGRAN.