Festival de Atletismo inclui crianças na prática de esportes olímpicos.

O ID_CURSO de Educação Física da UNIGRAN realizou, nesta sexta-feira e no sábado (24), o IV Festival Mirim de Atletismo, reunindo estudantes das Escolas Aurora Pedroso de Camargo e Vilmar Vieira de Matos e do Colégio Objetivo. O Festival integra os projetos de estágios supervisionados e já se consolidou também como importante atividade de extensão. A questão da disputa ficou em segundo plano nas competições, privilegiando-se a participação das crianças em provas de salto em altura, salto em extensão, arremesso de peso e arremesso de dardo. “Eu me diverti bastante. Consegui pular 1,25m, o negócio [barra de salto] era quase do meu tamanho”, disse Matheus Henrique de Medeiros Parra, 10 anos, que cursa a 5ª série, no Colégio Objetivo. O professor Carlos Muchão Castilho, professor da disciplina de Estágio e coordenador do ID_CURSO, ressalta que as atividades esportivas para crianças devem ter caráter lúdico, com menor enfoque na vitória e na derrota. “Até os 12 anos, eles (atletas) não estão preparados psicologicamente para fazer competições de rendimento, de resultados”, observou o professor. Ele falou ainda que a realização de eventos esportivos mirins exige, também, outras responsabilidades dos promotores. “Eles têm que assumir responsabilidades com os pais, locomover as crianças em segurança, levar e trazer. Assim, a intenção é que, no futuro, eles já tenham essa experiência”, explicou. O evento dá acesso a um ID_TIPO de prática esportiva que muitos só conhecem pela televisão. Alex Bruno Almeida, que estuda na Escola Municipal Aurora, no Parque Alvorada, falou que nunca havia participado de uma competição como essa. “É legal. A gente aprende a pular um pouco e algumas coisas são difíceis, algumas são fáceis. É muito massa!”, declarou. Para o acadêmico Jair Amaro, atleta de destaque no Tae Kwon Do sul-americano, o Festival é de fundamental importância educativa, tanto para os universitários quanto para as crianças. “Sem a prática não se justifica a teoria. Como acadêmicos, devemos sempre teorizar a partir da prática e não o contrário. Então, não adianta nada a gente ficar [só] em sala de aula, é importante estar aqui, participando, sociabilizando”, analisou. Em relação aos alunos, o Festival de Atletismo da UNIGRAN é, para o acadêmico, um meio de inclusão. “Os colégios particulares já têm bons profissionais, têm aparelhagem. Já a escola pública tem carência de material humano [e] muitas vezes, os alunos não têm oportunidades de estarem em competições, participando de eventos. Então, há uma grande carência dos dois lados, e isso deve ser suprido por nós que estamos necessitados justamente desse aprendizado”, comentou Amaro. (DM-JRA)