Palestras sobre Televisão no interior do Brasil e Marketing Político marcam Encontro da Alcar-CO

Uma das palestras abordou estratégicas políticas para campanhas presidenciais

A primeira edição do Encontro Regional Centro-Oeste de História da Mídia – Alcar-CO 2012 contou com a participação de 160 inscritos, entre estudantes, pesquisadores e profissionais de Comunicação Social, História, Ciências Sociais e áreas afins. O evento foi realizado na UNIGRAN, junto a Semana Integrada de Comunicação (Sincom), com três dias de palestras, oficinas, apresentações de 42 artigos e reunião de grupos temáticos voltados ao tema história da mídia.

O tema central do encontro foi “Mídia, História e Representações”. Na palestra de abertura, Ana Carolina Rocha Pessoa Temer, professora da Universidade Federal de Goiás, apresentou uma análise histórica sobre “Televisão: A padronização cultural no interior no Brasil”.

Segundo a pesquisadora, houve um determinado momento em que a distância das regiões no Brasil começou a criar dificuldade para unidade nacional e então, se investiu na televisão. “Só que tudo isso teve um preço, se destruiu bastante as identidades regionais, que agora elas estão de alguma forma renascendo, mas fragilizaram-se as produções culturais locais e fez do Brasil um grande mercado consumidor. E alguns padrões foram bastante impostos”, explica.

Ana Carolina Temer comenta que “essa mudança se refletiu na maneira de se vestir, do cabelo e também nas relações domésticas, na relação com o trabalho, na relação familiar, é todo um padrão de cultura. Unificou-se, mas com prejuízos regionais”. A partir disso, obteve uma nova configuração do Brasil, “um país unido enquanto mercado consumidor, unido em relação ao comportamento, em relação ao trabalho e outros aspectos. Uma série de fatores vão mudar a partir desse papel que a televisão vai exercer”, considera.

Outro destaque do evento foi a palestra “Marketing Político – A evolução histórica desse conceito no Brasil”, com Adolpho Queiroz, professor da Universidade Mackenzie. O palestrante mostrou que o Marketing Político não é uma atividade nova no Brasil e trouxe um pouco sobre a história de estratégicas políticas para campanhas presidenciais.

"No nosso país, hoje nós temos várias vertentes trabalhando para consolidar o Marketing Político como uma atividade que é do ponto de vista científico e do ponto de vista de mercado”, considera professor Adolpho. Segundo o pesquisador, “existem hoje pelo menos quatro associações científicas brasileiras: a Intercom, a Compós, a Politicom e a Compolítica, que promovem eventos anuais, nos quais pesquisadores brasileiros apresentam seus trabalhos, suas ideias, as suas perspectivas sobre o campo e ações específicas: estudos de caso sobre eleições na internet, no jornalismo, na TV, etc”.

Adolpho Queiroz garante que no Brasil há um grande mercado profissional. “É uma atividade que está se estendendo também além das campanhas majoritárias (prefeito, governador e presidente) e proporcionais (vereador, deputado e senador). O Marketing Político hoje está sendo muito utilizado também por ONG’s, sindicatos, associações de classe, clubes esportivos, etc.”.

Para a acadêmica Bruna Adenice, 2º semestre de Jornalismo esta palestra foi importante. “Esse é um tema que tem que ser debatido, discutido justamente por tratar do interesse público, uma questão de política. Eu tenho muito interesse nesta área, então, foi de grande valia, por discutir um tema que eu quero me aprofundar. E assim, muito importante para minha formação acadêmica”. (SG)

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