Acadêmicos de Biomedicina pesquisam o processo do lixo e produzem maquetes do aterro sanitário de Dourados

Educação Ambiental

As maquetes expostas serão doadas às escolas para colaborar na educação ambiental

O projeto desenvolvido pelos acadêmicos do 2º semestre do curso de Biomedicina da UNIGRAN, na disciplina de Saneamento e Saúde Ambiental, buscou pesquisar os tipos de resíduos sólidos encontrados em Dourados, o processo do lixo, a separação que é feita e a gestão de manejo do aterro sanitário da cidade. Orientados pela professora Perla Loureiro de Almeida Monteiro, os estudantes reproduziram maquetes do local e vão doar para escolas municipais.

“Estudamos os tipos de resíduos, que basicamente são três, cada tipo com suas segregações adequadas: resíduos comum, resíduo destinado para reciclagem e resíduo dos serviços de saúde”, explica a professora Perla. Os acadêmicos fizeram uma visita ao aterro sanitário de Dourados. “Esta visita serviu para que os alunos pudessem conhecer o funcionamento, assim como a deposição dos resíduos sólidos recebidos provenientes das residências, indústrias, construção civil e também o resíduo dos serviços de saúde que em nossa cidade existe uma disposição separada utilizando as valas assépticas.

Durante a visita, os estudantes observaram a implantação de uma parcela de extensão do aterro sanitário que, passado mais de cinco anos de atividades, está iniciando um novo preparo do solo, uma nova área para receber os resíduos gerados na cidade. A professora Perla considera que “uma população de quase 200 mil habitantes e em média um indivíduo gera 920 mg/dia, nós estamos consumindo muito e gerando muito lixo ou melhor, podemos levantar a hipótese de que estamos segregando mal nosso resíduo, muita coisa pode ser reaproveitada, como reutilização e reciclagem deveriam fazer parte do nosso dia-a-dia”.

Conforme um cálculo feito pela bióloga, a cidade de Dourados gera mais ou menos 5 mil toneladas/dia de lixo. “Isso encheria um estádio de futebol para 80 mil pessoas em 2,4 semanas. Precisamos de educação ambiental com urgência sendo dissipada a todo momento. Precisamos conscientizar as pessoas por meio das escolas, sobre a redução do consumo, incentivo à reciclagem e ampliação deste sistema, incentivar a compostagem e, principalmente, ações de mudanças duradouras e compromissadas de cada um”, enfatiza.

As maquetes expostas mostraram as etapas de tratamento dos resíduos: recebimento, disposição nas parcelas do aterro sanitário e tratamento do chorume gerado. O grupo do acadêmico Felipe Parizoto enfocou no como funciona cada etapa das camadas, dando prioridade para as lagoas de chorumes. “Lagoas de chorumes são todos aqueles materiais que hoje, no caso líquido que é gerado no lixo, no próprio aterro. Então o que vai ser escoado pelas lagoas, são valas impermeáveis, não tem nenhum tipo de contato com a terra, o lixo passa por alguns processos para fazer a decomposição desse material”, esclarece o estudante.

Felipe destaca que a atividade colaborou para conhecer um pouco mais a atuação do biomédico no eixo ambiental. “Hoje temos uma visão do que o biomédico pode fazer nessa área, na parte do aterro sanitário, a questão do lixo hospitalar que vai envolver desde a parte da área da saúde até a ambiental. Finalizando o projeto, nós vamos entregar as maquetes para uma escola, incentivando a questão da educação ambiental”, menciona.

A futura biomédica Ana Carolina Nunes Barbosa participou do projeto e, junto com o grupo, focou a produção da maquete onde os lixos são recebidos – parte administrativa, quando o caminhão passa pela balança e a distribuição nas valas. “Mostramos as camadas onde os lixos são depositados e depois a questão do reflorestamento da mata que acontece no aterro de Dourados. Em volta da lagoa de chorume tem plantação, tem uma mata verde e assim, a lagoa é coberta por uma lona aonde a água não tem contato com o solo, então ela não entra nos lençóis freáticos, isso não contamina o solo por baixo", descreve a acadêmica.

Ana Carolina ressalta que, “conhecer o processo que o lixo das nossas casas, da comunidade, o que acontece com esse lixo e o tempo, a degradação, como que ocorre, se esse lixo fica exposto, se ele tem esse tratamento, foi muito importante”. A estudante notou que, “é preciso fazer uma conscientização das pessoas, porque o lixo chega ao aterro e lá, não podem mexer neste lixo. Então, a segregação tem que ser feita nas casas, na hora do recolhimento. Precisa ser passado para a comunidade cuidados em separar o lixo, porque no aterro tem a vala que é só para lixo hospitalar, outra que é só para lixo de comunidade, orgânicos, mas vem misturado. Já encontraram seringas no lixo orgânico e isso é prejudicial, porque contamina”. [SG]

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