Biodiversidade é tema de abertura da Jornada de Ciências Biológicas

Abertura do evento controu com a participação de professores/pesquisadores que falaram sobre o Cerrado, Pantanal e mata Atlântica
A biodiversidade no Cerrado, Pantanal e Mata Atlântica brasileira foi a temática de abertura da VII Jornada Acadêmica de Ciências Biológicas da UNIGRAN. O assunto em debate vem de encontro às propostas da Organização das Nações Unidas, que declarou 2010 como o Ano Internacional da Biodiversidade. "A natureza precisa ser mantida para a vida existir. Porém, essa harmonia tem sido cada vez mais ameaçada," lembrou o coordenador do ID_CURSO de Biologia , Vanderlei Berto Júnior. Na abertura do evento ele chamou a atenção dos estudantes sobre o comprometimento que os futuros biólogos devem ter com o ecossistema, de serem multiplicadores de ações sobre a preservação da vida na terra, a consciência ambiental. A ocupação desordenada de áreas naturais, a exploração predatória de reID_CURSOs da natureza e a poluição são algumas ações humanas que têm trazido sérias consequências, causando a perda cada vez mais de espécies animais e vegetais. Para tratar sobre a biodiversidade, a Jornada de Ciências Biológicas da UNIGRAN contou com a participação de biólogos pesquisadores da vegetação brasileira, em específico sobre o Pantanal, Mata Atlântica e o Cerrado. Zefa Valdivina (UFGD) abordou sobre o cerrado brasileiro, segundo maior bioma do país, ocupando um quarto do território nacional, estando presente em 14 estados. Um dos maiores problemas, segundo ela, é a falta de uma política de governo de proteção a biodiversidade do cerrado. Ela alertou a divulgação de estudos que apotam que até 2030 esse ID_TIPO de vegetação deixará de existir. A pecuária, a expansão da fronteira agrícola e o desmatamento são as principais ameaças para decretar o fim desse bioma, diz a pesquisadora. Caracterizado por concentrar pequenas árvores de troncos torcidos e recurvados, esparsas em meio a uma vegetação rala e rasteira, misturando-se, às vezes, com campos limpos ou matas de árvores não muito altas, o cerrado foi considerado como uma área perdida para a economia do país, motivo pelo qual não se deu muita importância a ele. Zefa lembra que por conta disso os campos do cerrado deram lugar a pastagens e a soja, principalmente no Estado de Mato Grosso do Sul. “É possível ter renda com as próprias espécies presentes no cerrado”, disse a pesquisadora. Essas regiões, em sua maioria, são habitadas por famílias de pequenos produtores rurais que, muitas vezes, não têm conhecimento sobre a riqueza do cerrado, bem como não possuem visão de mercado sobre a importância do bioma. Uma das saídas que tem contribuído para salvar o cerrado, segundo Zefa Valdivina, tem sido o extrativismo, união de uma atividade agrícola sustentável, de baixo impacto e alto valor social, com a extração de produtos florestais nativos. PANTANAL Já a vegetação pantaneira foi abordada pelo professor/pesquisador Paulino Barroso Medina Júnior (UFGD). Ele desmistificou o conceito muito difundido que o Pantanal é uma área alagada. “Isso não é verdade. Trata-se de uma área alagável”, esclareceu o professor. Ele explica que devido as chuvas em determinadas época do ano a drenagem das águas fluem lentamente pela região do médio Paraguai, fazendo com que grande parte do território pantaneiro, caracterizado por ser região plana, fique alagada. “Mas isso só ocorre em determinada época do ano. Para conhecer o Pantanal é preciso estar nele em todas as épocas do ano. Na seca a paisagem é uma, já no período de cheia é totalmente diferente”, assinalou. Aos estudantes ele falou sobre os ciclos dos rios, proteção ambiental e as ameaças contra a região do Pantanal. O assoreamento é um dos grandes problemas, segundo ele. Muitos rios estão mudando o seu perID_CURSO, a exemplo do Taquari, um dos principais leitos de drenagem das águas da Bacia Pantaneira para o Rio Paraguai. MATA ATLÂNTICA A segunda maior floresta tropical úmida do Brasil - a Mata Atlântica, foi debatida pelo professor/pesquisador Emerson Machado de Carvalho (UEMS). Ele falou sobre a grandeza do bioma da vegetação, que compreende a região costeira do Brasil, onde convivem lado a lado desde árvores de grande porte como o jequetibá, figueiras e até plantas como orquídeas, bromélias, samambaias. De acordo com o professor, a floresta atlântica tem a maior biodiversidade por hectare entre as florestas tropicais, sendo a mais rica em espécies de plantas, fungos e animais. (FV)

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