Em quatro anos, obesidade entre os brasileiros aumentou 22%

O hábito de deixar de comer alimentos saudáveis para comer produtos industrializados é um dos principais fatores para o excesso de peso
A falta de hábitos saudáveis tem feito à população brasileira crescer em número de pessoas obesas. Pesquisa da Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas, feita em parceria com a Universidade de São Paulo (USP) foi divulgada esta semana pelo Ministério da Saúde e revela que quase metade da população brasileira tem excesso de peso (46,6%). As mulheres são as mais afetadas. O estudo mostrou que o percentual de pessoas com excesso de peso aumentou de 42,7% para 46,6% entre 2006 e 2009. Do total de 54 mil adultos em todo o país que foram entrevistados pela pesquisa, entre os homens, 51% estão acima do peso, enquanto 42,3% das mulheres sofrem com o problema. A pesquisa verificou ainda que o percentual dos que sofrem de obesidade cresceu de 11,4% para 13,9% , no mesmo período. Para a nutricionista Rita Mendes, coordenadora do ID_CURSO de Nutrição da UNIGRAN, este é um problema mundial. “O hábito de deixar de comer alimentos saudáveis para comer produtos industrializados é um dos principais fatores para o excesso de peso”, explica a professora. Preocupado com este problema que atinge a sociedade, a UNIGRAN irá desenvolver tratamento personalizado com pessoas que sofrem da obesidade severa – quando o paciente está muito acima do peso e apresenta doenças. A obesidade é definida como um distúrbio do metabolismo energético que leva a um excessivo ganho de gordura corporal e tem sido considerada como um sério problema de saúde pública, especialmente por estar associada a uma série de doenças graves como hipertensão arterial, cardiopatia, diabetes ID_TIPO 2, problemas pulmonares, aumento do colesterol e triglicérides e até mesmo câncer de estomago e próstata. De acordo com a pesquisa, a maior prevalência de mulheres obesas está na faixa etária de 55 a 64 anos (21,3%). Porém, em um ano, a faixa etária de 18 a 24 anos foi a que concentrou o maior número de obesas. Em 2008, 3,5% das jovens com essas idades estavam obesas. Em 2009, o número quase dobrou. A nutricionista frisa que devido a correria do dia a dia, os hábitos alimentares mudaram bruscamente. Ela lembra que a alimentação original brasileira era o arroz, feijão, carne, alface e tomate. Mas hoje há uma troca muito grande desse cardápio para outro mais calórico, os chamados fast-foods. Há pouco mais de uma década, a comida brasileira era referência para uma boa nutrição, segundo a Organização Mundial de saúde (OMS). “As coisas mudaram. A sociedade moderna que a cada dia trabalha mais dá pouca importância à alimentação correta. O que mais aconteceu nesse período foi a incorporação de hábitos provenientes dos Estados Unidos, formado por alimentos calóricos, com açúcares e gorduras”, reafirma a nutricionista Rita Mendes. Vários fatores são inseridos nessa mudança de vida dos brasileiros e o tratamento pode ser feito de forma saudável, sem recorrer a medicamentos e cirurgia bariátrica (conhecida como redução de estômago), que virou moda nos últimos anos. “É claro que é preciso força de vontade e persistência da pessoa”, disse a especialista, considerando que, quando o indivíduo está interessado, um tratamento saudável pode ajudar na perda de peso. Para contornar o problema do excesso de peso, Rita Mendes explica que é necessário adotar uma reestruturação alimentar do paciente e se preciso até da família. “Apresentamos ao paciente que tudo é permitido comer, mas sem exageros. O correto, dessa forma, é ensiná-lo a comer na DATA_HORA e na quantidade certas, sobretudo conscientizá-lo da importância da prática de exercícios físicos”, esclarece. Adotando hábito alimentar saudável e praticando atividades físicas, o paciente melDATA_HORA a qualidade de vida. “É claro que não irá perder peso de uma DATA_HORA para outra. Trata-se de um processo de adaptação em que o organismo irá se adequar ao novo estilo de vida e assim o excesso de peso acontece de forma gradativa”, pontua a nutricionista. TRATAMENTO Com objetivo de proporcionar um tratamento sem medicamentos e incentivar a mudança do hábito alimentar e a prática de exercício físico, os ID_CURSOs de Educação Física e Nutrição da UNIGRAN vão promover o projeto de extensão “Tratamento não medicamentoso”, que atenderá pacientes com obesidade severa. Serão ofertadas de 10 a 15 vagas e a inscrição poderá ser feita no Núcleo de Nutrição da UNIGRAN, no período vespertino. O Núcleo está localizado na Rua Antonio Emilio de Figueiredo, 1755, no centro de Dourados. Será realizada uma entrevista com os interessados, onde será analisado o Índice de Massa Corporal (IMC), peso e disponibilidade do participante. O tratamento é gratuito e somente podem participar pacientes com obesidade severa. A equipe de Educação Física irá trabalhar como personal trainer e a de nutrição ficará responsável pela orientação alimentar e prescrição de dieta balanceada. (FV)

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