Acadêmicos indígenas idealizam revitalizar a arte guarani

Professora Cláudia Ollé e acadêmico Bonifácio Moura
Sem matas naturais, é raro encontrar nas Aldeias de Dourados certas sementes, cabaças e cipós. A falta de matéria-prima da arte indígena, porém, pode ser resolvida com um programa de manejo ambiental. Mas o que se está perdendo agora são as tecnologias de séculos da arte guarani. Aí, a questão é de educação e valorização da cultura. O acadêmico kaiowá Bonifácio Moura, 26, e mais cinco colegas indígenas do ID_CURSO de Artes Visuais tem uma idéia que está se transformando em projeto, com a orientação de professores. O grupo vai pesquisar as técnicas ancestrais de produção artística dos guaranis, um trabalho que exige convencimento e a parceria dos idosos da comunidade. Artefatos como as flechas e o baracá, ID_TIPO de chocalho feito com porunga e sementes, são de grande valor simbólico na cultura guarani. Entretanto, a maioria das peças feitas hoje é vendida como bijuterias e suvenires. Por isso, os que ainda sabem como fazê-los do modo mais tradicional relutam em ensinar os segredos. “Eles falam que os adolescentes, os jovens da Aldeia, não tem interesse, na cabeça deles (idosos), estão querendo explorar para ganhar dinheiro na custa deles”, disse Bonifácio. Ele reconhece que o artesanato é um meio de sobrevivência, mas o projeto de seu grupo visa apenas a revitalização de uma arte que é a expressão de uma importante cultura. A professora Cláudia Ollé, diretora da Faculdade de Educação da UNIGRAN, adiantou que a orientação desse trabalho é a do aprendizado com os idosos, tanto das técnicas quanto da riqueza dos significados que envolvem a arte, no contexto das tradições indígenas. O projeto será realizado nos NAM, em forma de oficinas de arte para índios da comunidade. “Na verdade, eles estão trazendo de lá, para a gente dar apoio daqui. Os acadêmicos indígenas vão aprender com os mais velhos, e [depois] vão trabalhar com a comunidade jovem, para poder revigorar, ou trazer de novo, o que está se perdendo; essa é a proposta”, explicou a professora. (JR)

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