Seminário de extensão discute novos projetos da UNIGRAN na comunidade indígena.

Grupo fez apresentação da cultura guarani e a arquiteta Ana Cristina disse que voluntariado nas comunidades indígenas é uma experiência de vida.
São mais de cem projetos, muitos contam com parcerias de entidades de bairros, empresas, escolas, hospitais e clínicas de saúde. Por ano, a UNIGRAN atende diretamente a mais de dez mil moradores de Dourados, através das atividades de extensão que desenvolve nas áreas de direito, serviço social, nutrição, arquitetura, psicologia, fisioterapia, biomedicina, educação física, estética, artes e os outros ID_CURSOs da Faculdade de Educação. São ações orientadas para a formação de crianças e jovens e à melhoria das condições de vida de adultos de todas as idades. A meta de 2008 é ampliar as ações já realizadas também na comunidade indígena. O seminário de extensão “Pilares de Qualidade para o Ensino Superior” foi encerrado na quarta-feira, 30, com uma mesa redonda que discutiu as propostas de atividades de extensão feitas pelos índios, em dois eventos anteriores. Em 24 de janeiro, representantes de grupos de jovens e de mulheres, professores e lideranças guaranis e kaiowás reuniram-se no núcleo da instituição, da Aldeia Bororó, para eleger as ações prioritárias para suas comunidades. No dia 16, a reunião aconteceu com representantes da população terena, no núcleo de extensão da UNIGRAN da Aldeia Jaguapiru. As solicitações foram organizadas cinco grandes áreas – saúde, educação, cultura da terra, trabalho e renda, e esporte e lazer. Além dos trabalhos já desenvolvidos pela UNIGRAN, desde 2001, em parceria com a “Amigo do Índio”, organização parceira e mediadora dos projetos, os representantes indígenas mostram grande preocupação com a juventude nas aldeias, e propõem ID_CURSOs de formação em diversos ofícios e programas que ocupem o tempo livre dos adolescentes com atividades saudáveis. As sugestões alcançam as mulheres e crianças e os trabalhadores, em segmentos como alfabetização e apoio escolar, profissionalização, aulas de culinária e orientação sexual, por exemplo. Ao todo, cerca de 150 pessoas tomaram parte nos debates que acontecem nas aldeias. “Foi uma participação significativa, e a UNIGRAN resolveu desenvolver essa ação, visando a implementar os projetos”, disse a pró-reitora de Ensino e Extensão, Terezinha Bazé de Lima. Ela falou que os pedidos foram encaminhados aos coordenadores de ID_CURSO e espera de volta projetos que possam ser colocados em prática. Ela sugere ações integradas e interdisciplinares, e adianta, contudo, que não basta o conhecimento para se alcançar êxito nos projetos. É preciso também voluntarismo e sensibilidade. “Para desenvolver ação numa comunidade indígena, tem-se que ter a compreensão do ser indígena, do seu modo de ser, e isso é um aprendizado que a gente precisa adquirir”, disse a professora. Ela entende que a sensibilidade se desenvolve na convivência com índio em seu meio. Nessa direção de pensamento, a arquiteta e professora Ana Cristina Yamashita, ex-presidente da “Amigo do Índio”, que há 12 anos trabalha nas aldeias de Dourados, disse que as pessoas só têm a ganhar, ao participar voluntariamente em projetos desenvolvidos naquelas comunidades. “Eu aprendi que a vida da gente pode mudar, a ver com os olhos do coração, é isso que falta na nossa sociedade”, disse em depoimento aos participantes. A atual presidente da AmI, professora Érika Kanetta Ferri, mostrou o histórico da organização e falou dos projetos que estão em andamento, muitos deles, com o auxílio de parceiros que também acreditam na autonomia das comunidades indígenas. Por isso, ela convidou os professores a se integrarem nesse trabalho. “Gostaria que vocês pensassem nas propostas, e a gente deve lembrar uma coisa: ninguém se propõe a fazer nenhum trabalho paternalista e nem assistencialista, a questão é de emancipação e de valorização”, disse. As sugestões levantadas nas aldeias foram trazidas ao Seminário pelos coordenadores dos núcleos de extensão da UNIGRAN na Reserva Indígena de Dourados Fernando de Souza e Edna Silva de Souza. “É uma luz no fim do túnel que os senhores (professores) poderão estar dando para essas comunidades”, disse Edna. Ela destacou que em todas as atividades a cultura do índio deve ser o eixo dos projetos. O “III Seminário Interno de Extensão” da UNIGRAN teve uma programação dividida em atividades de avaliação e planejamento de projetos, em todos os ID_CURSOs, resultados da avaliação institucional feita no passado e duas palestras, com professores convidados da UFMS, Antonio Carlos do Nascimento Osório, e UEMS, Carla Helena Fernandes Martins. (JR)

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