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Revista Multidisciplinar da Faculdade de Ciências Biológicas e da Saúde da Unigran

ISSN-1981-3775

Os artigos deverão ser enviados, exclusivamente, por email: interbio@unigran.br

Capa da Revista

EDITORIAL

O QUE É ANÁLISE DO COMPORTAMENTO APLICADA NO TEA?

 

WHAT IS APPLIED BEHAVIOR ANALYSIS TO ASD?


Nos últimos anos, observa-se um aumento significativo de casos de Transtorno do Espectro Autista (TEA) no mundo e no Brasil. Dados recentes do Censo demográfico brasileiro revelam que, no país, há 2,4 milhões de pessoas com TEA, representando 1,2% da população. O crescente número de casos pode ser compreendido em razão do aperfeiçoamento do diagnóstico e disseminação dos meios para obtê-lo, assim como do maior acesso da população aos tipos de intervenção. Percebe-se que o aumento de diagnóstico é seguido pelo aumento de interesse científico pelo TEA.

O TEA representa um transtorno do neurodesenvolvimento com início precoce, caracterizando-se por desafios no desenvolvimento de habilidades sociocomunicativas e notáveis modificações comportamentais. O termo "Espectro" é empregado devido à considerável variabilidade na apresentação dos sintomas associados ao diagnóstico, conduzindo à sua abordagem em termos dimensionais.

O tratamento sobre o TEA vem evoluindo ao longo dos anos, aumentando a compreensão sobre o tema em todas as suas dimensões. Uma das formas de tratamento baseada em evidências para pessoas autistas é a Análise do Comportamento Aplicada (Applied Behavior Analysis – ABA), reconhecida pela sua eficácia e validade científica. Cabe destacar que embora a ABA seja frequentemente associada ao tratamento do autismo, ela pode ser aplicada em diversos contextos e com diferentes objetivos, incluindo educação, desenvolvimento infantil e reabilitação. A partir disto, com este texto, pretende-se caracterizar o que é ABA aplicada no TEA.

A ABA tem como objetivo maximizar e desenvolver repertórios que estão em déficit, reduzir excessos comportamentais, bem como trabalhar com questões de relevância social, identificando comportamentos observá-veis, estabelecendo comportamentos-alvo de mudança, e elaborando, assim, uma intervenção customizada para cada indivíduo e com avalição perene a fim de averiguar a eficácia da intervenção aplicada.

A ABA utiliza princípios bem definidos, sendo que suas intervenções buscam modificar o comportamento de acordo com a realidade social de cada pessoa, suas configurações subjetivas e as relações de confiança que são estabelecidas e desenvolvidas entre os indivíduos e profissionais. Desse modo, e seguindo os pressupostos da Análise do Comportamento, os programas que abrangem o método buscam identificar e intervir de modo multifatorial, atuando na cognição, comportamento, linguagem, relações sociais e aumento no repertório prático da pessoa em acompanhamento. Além disso, a ABA é caracterizada por uma coleta de dados antes, durante e depois da intervenção.

A ABA pode ser utilizada por uma variedade de profissionais. Recentemente, a Associação Nacional de Profissionais da Análise do Comportamento obteve apoio para o projeto de lei 1321/22 que estabelece critérios para a utilização da terapia baseada na Análise do Comportamento Aplicada por profissionais da saúde e educação. De acordo com a proposta, os profissionais que aplicarem ABA deverão ser graduados ou pós-graduado em Análise do Comportamento Aplicada. Atualmente, no território brasileiro, a Associação Brasileira de Ciências do Comportamento (ABPMC) tem promovido a acreditação de analistas do comportamento, visando garantir que os profissionais ofereçam serviços eticamente orientados e compatíveis com os princípios e procedimentos da análise do comportamento. No entanto a acreditação fornecida pela ABPMC não é condição necessária para atuação.

Em suma, a intervenção analítico-comportamental em casos de autismo enfoca o ensino sistemático de unidades reduzidas e mensuráveis de comportamento. A eficácia da do tratamento baseado na ABA sobre outras formas de terapia para remediar os déficits associados ao TEA tem sido demonstrada por pesquisas realizadas nos últimos 50 anos. Por essa razão, atualmente, tratamentos baseados na ABA têm sido recomendados por diversas organizações no Brasil. Por fim, o trabalho do analista aplicado do comportamento no autismo deve ser pautado na ética e na escuta desta população.

 

 

Dr. Felipe Maciel dos Santos Souza

Doutor em Psicologia Experimental: Análise do Comportamento (PUC-SP).

Professor dos cursos de graduação e pós-graduação em Psicologia da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD).

Psicólogo (CRP-14/03905-6).

E-mail: felipesouza@ufgd.edu.br


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