DIREITO
Postado em 25/06/2025
Aos profissionais que desejam construir uma carreira seguindo a área de Direito Ambiental, é essencial conhecer e entender os princípios que a regem. Isso porque eles são como mandamentos nos quais se alicerça uma ciência e dá subsídios à aplicação de suas normas.
Quer saber como isso funciona no Direito? Então acompanhe a leitura!
Direito Ambiental
Antes de saber quais são os princípios do Direito Ambiental, é essencial que esteja claro o que é e como atua um profissional dessa área. Direito Ambiental é o ramo jurídico que regula a relação dos indivíduos, governos e empresas com o meio ambiente.
Portanto, o principal objetivo é relacionar de maneira inteligente e estratégica os aspectos ecológicos, sociais e econômicos. Tudo promovendo o bem-estar da população, a melhoria da condição ambiental e lutando contra situações de desmatamento, por exemplo.
E quais são os princípios que regem essa área?
Como já mencionado, o Direito Ambiental visa a proteção do meio ambiente. Por isso, seus princípios estão voltados para a finalidade básica de garantir um padrão de existência digno para os seres humanos desta e das futuras gerações.
Na Carta Constitucional podem ser verificados princípios ambientais fundamentais para a instrução do Direito Ambiental. Essas, devem nortear as relações entre o homem e as manifestações da natureza.
Princípio da Prevenção
O Princípio da Prevenção foi estabelecido no Princípio 7 da Declaração da Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano, de 1972.
"Os Estados deverão tomar todas as medidas possíveis para impedir a poluição dos mares por substâncias que possam pôr em perigo a saúde do homem, os recursos vivos e a vida marinha, menosprezar as possibilidades de derramamento ou impedir outras utilizações legítimas do mar”.
Esse é o princípio que orienta os profissionais por toda a legislação ambiental e políticas públicas voltadas ao meio ambiente.
Por meio dele, o melhor caminho é encontrado a fim de fazer tudo ao alcance para prevenir danos ambientais. Isso porque, quando ocorre alguma catástrofe relacionada ao meio ambiente, os impactos dificilmente são revertidos e seus efeitos são sentidos pelas gerações futuras.
Princípio da Precaução
Esse princípio é responsável pela vedação de determinadas ações no meio ambiente uma vez que não haja certeza concreta de que tais ações não causarão reações adversas, tais como a degradação.
Os profissionais dessa área têm como função evitar que reações desconhecidas aconteçam.
Como não há um conhecimento total sobre o meio ambiente e as suas relações, o homem também não conhece todas as possibilidades de respostas do ambiente frente a seus atos.
Por isso, antes de ir a campo é necessário ter informações conclusivas acerca dos possíveis danos.
Princípio do Poluidor-Pagador
O Princípio do Poluidor-Pagador informa que aquele que executar a atividade que possa gerar poluição ao meio ambiente, terá de arcar com todos os atos de prevenção e recuperação. Tal como o uso de lodo de esgoto para recuperação do solo.
Esse princípio tem o fundamento voltado ao direito econômico e à proteção econômica da sociedade.
Portanto, uma das funções de quem atua nessa área é a de trazer responsabilidade e conscientização entregando os custos a quem os originou, ou seja, torna os gastos obrigação interna do possível poluidor.
Princípio da Responsabilidade
O Princípio da Responsabilidade faz com que os responsáveis pela degradação sejam obrigados a arcar com os custos da reparação ou, em alguns casos, de uma compensação pelo dano causado.
Esse princípio está previsto no § 3º do art. 225 da Constituição Federal, que diz que “As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitarão os infratores, pessoas físicas ou jurídicas, a sanções penais e administrativas, independentemente da obrigação de reparar os danos causados”.
Assim, determinada ação poderá resultar em uma punição criminal, administrativa e obrigação de indenização civil.
Princípio do Limite
Direcionado a Administração Pública, a qual deve fixar parâmetros mínimos a serem observados em casos como emissões de partículas, ruídos, sons, destinação final de resíduos sólidos, hospitalares e líquidos, dentre outros, visando sempre promover o desenvolvimento sustentável.
O inciso V do § 1º do artigo 225 da Constituição Federal determina que para assegurar o direito ao meio ambiente equilibrado incumbe ao Poder Público. “Controlar a produção, a comercialização e o emprego de técnicas, métodos e substâncias que comportem risco para a vida, a qualidade de vida e o meio ambiente”.
Princípio da Função Social da Propriedade
O último princípio é o da Função Social da Propriedade. De forma lógica: O direito à propriedade está condicionado ao cumprimento de sua função social. Então, o meio ambiente deve dar meios fundamentais capazes de proporcionar qualidade de vida às pessoas, e o interesse público que está voltado para tal.
Portanto, se uma propriedade não está propícia com um meio ambiente de forma equilibrada, tal propriedade não está de acordo com o interesse social e não exerce sua função. Deseja aprofundar mais sobre os princípios que foram apresentados e como se dá a sua prática? Então o curso de Direito da UNIGRAN é a opção perfeita para você!
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