O setor imobiliário tem impacto direto na geração de empregos e na melhoria de áreas como infraestrutura e habitação, tanto que é considerado o “termômetro da economia”. Segundo levantamento recente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), o setor emprega, direta e indiretamente, mais de 14,5 milhões de brasileiros em 2025, considerando tanto os vínculos formais quanto os informais.

O número reflete a complexidade das obras e a elevada demanda por mão de obra humana – especialmente em um país onde a industrialização da construção ainda avança em ritmo gradual.

Além dos operários da construção civil, o setor mobiliza profissionais de áreas complementares como arquitetura, engenharia, design de interiores, corretores de imóveis, instituições financeiras, lojas de acabamentos, marcenarias e empresas de tecnologia especializada. É uma cadeia produtiva extensa e estratégica, com grande potencial de geração de renda e empregos.

Quais são as boas notícias para o setor imobiliário?

Após os desafios impostos pela pandemia e pela instabilidade econômica dos anos anteriores, o mercado imobiliário brasileiro vive, em 2025, um novo ciclo de expansão. De acordo com o último Indicador de Confiança da Construção Civil da Fundação Getulio Vargas (FGV), o setor atingiu, em junho de 2025, seu maior nível de otimismo desde 2013.

As vendas de imóveis novos residenciais cresceram 11,7% no primeiro semestre deste ano, segundo o Secovi-SP. Já os lançamentos apresentaram um aumento de 9,4% em relação ao mesmo período de 2024. No campo dos imóveis comerciais e corporativos, observa-se uma retomada gradual, com foco em espaços flexíveis e sustentáveis.

Esse movimento é impulsionado por fatores como:

• a queda das taxas de juros, que estimulam o crédito imobiliário;
• o crescimento dos financiamentos com recursos do FGTS e da caderneta de poupança;
• o avanço de tecnologias como BIM (Modelagem da Informação da Construção) e sistemas construtivos mais ágeis;
• a valorização de imóveis sustentáveis e inteligentes.

Segundo especialistas, a tendência para os próximos anos inclui o aumento de empreendimentos voltados para habitação de interesse social, coliving e condomínios multifuncionais, além da expansão de projetos em cidades médias e no interior do país.

O processo até a entrada do imóvel no mercado

Ao contrário de outros processos, a construção civil segue normas pré-estabelecidas. Afinal, como construir um telhado sem colunas para sustentá-lo? 

Primeiramente é feito o projeto pelo arquiteto/engenheiro civil. E, com a aprovação deste, são edificadas as instalações provisórias de água e energia, além da construção de depósitos e tapumes. Na segunda etapa da obra é iniciada assim a infraestrutura com a fundação de vigas, colunas e laje. 

Na terceira e quarta etapa entram pilares, paredes e coberturas – forro e telhado, seguida pela etapa que dá início às esquadrias com a guarnição e batente. Já no momento seguinte, são executados os revestimentos. 

As instalações tanto de canos, tubos, registros, metais, caixas – de água e de gordura, etc. – quanto de instalações elétricas (tubulações, caixas, fios, tomadas) ficam na sétima e oitava etapas. Enfim, as pinturas internas e externas ficam na penúltima etapa. Sendo o projeto finalizado com a cerâmica, isto é, piso, azulejo, soleira e rodapé.

Mas onde entram os profissionais de Design de Interiores e Negócios Imobiliários?

O profissional de Design de Interiores e o corretor também fazem parte do processo. O corretor pode fazer a venda do imóvel pronto ou só com o projeto, logo, é possível que entre em qualquer parte do processo. 

O Design de Interiores também pode criar um projeto com base na planta da obra ou em sua finalização. Sendo contratado pela construtora ou pelo proprietário do imóvel. 

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