Com mais de 1.300 participantes, II Simpósio de Resistência Antimicrobiana destaca Sistema de Saúde Única

Discussões abordaram fatores para minimizar os impactos da resistência antimicrobiana, que é considerada um dos principais problemas de saúde pública no mundo

Evento foi realizado de maneira on-line e transmitido no canal oficial da UNIGRAN no YouTube

O conceito de Saúde Única surgiu para traduzir a união indissociável entre a Saúde animal, humana e ambiental, que representa uma visão integrada. Pensando nisso, a UNIGRAN e a Universidade Federal da Grande Dourados – UFGD – organizaram o II Simpósio de Resistência Antimicrobiana de Dourados: Desafios em tempos de Pandemia, para uma discussão sobre a resistência antimicrobiana e a sua relação com o conceito de Saúde Única.

De maneira remota, o evento reuniu mais de 1.300 pesquisadores nacionais, profissionais de saúde, acadêmicos de graduação, pós-graduação e líderes em saúde pública, com palestrantes brasileiros e internacionais, do Canadá e Estados Unidos, a maioria com doutoramento na área de atuação. De acordo com a coordenação do comitê organizador e científico, formada pelos professores Thiago Fraga, Luana Rossato e Simone Simionatto, a ideia foi promover discussões para minimizar os impactos da resistência antimicrobiana, que é considerada um dos principais problemas de saúde pública no mundo.

“Estima-se que, se nada for feito, em 2050 teremos cerca de 10 milhões de mortes anuais causadas por organismos multirresistentes, o que representa quase que o dobro de mortes causadas por Covid-19 no mundo, que são cerca de 5,2 milhões nestes quase dois anos de pandemia. Hospitalizações e uso excessivo de antimicrobianos são fatores que contribuem para o aumento e a propagação de microrganismos resistentes. Após a pandemia esses dois fatores cresceram de forma surpreendente”, mencionou a professora da UFGD, Simone Simionatto.

Thiago Fraga, coordenador do curso de Medicina Veterinária da UNIGRAN, ressaltou que “é muito difícil vermos um evento desse na prática, colocando médicos veterinários, médicos, farmacêuticos e ambientalistas, em um mesmo lugar para debater sobre Saúde Única, discutindo com pessoas do mais alto gabarito para este tema. É muito bom colocar a Medicina Veterinária como protagonista de um evento dessa natureza, pois sabemos da responsabilidade do médico veterinário nessa situação e queremos divulgar o máximo de informação possível para minimizar todos os danos no Sistema de Saúde Única.

Para a palestra de abertura, a convidada, professora Drª. Ana Cristina Gales abordou o ‘Panorama da Resistência Antimicrobiana no Brasil’. A palestrante ministra a disciplina de Infectologia no Departamento de Medicina da Escola Paulista de Medicina – UNIFESP – e, na oportunidade, apresentou uma lista de patógenos prioritários da Organização Mundial da Saúde para a pesquisa e desenvolvimento de novos ATBs (antibióticos): patógenos críticos.

“Bacilos Gram-negativos são frequentes agentes de infecções comunitárias e adquiridas no ambiente hospitalar. As bactérias, que talvez sejam o ser vivo mais antigo na Terra, estão extremamente adaptadas, quando se faz qualquer modificação no meio ambiente, ela vai responder de uma maneira mais rápida e coordenada, talvez, do que a raça humana”, ressaltou.

Ana Gales ainda enfatizou que há múltiplos mecanismos de resistência dificultando a prescrição da terapia antimicrobiana adequada. “É preciso lembrar que a disseminação de clones resistes é muito frequente e vamos precisar, no ambiente hospitalar, ter o controle dessa resistência, com diversas formas de controle que envolve, não só a restrição do uso de antimicrobianos de amplo espectro, mas com múltiplas medidas de controle de infecção hospitalar”, destacou.

Programação

A programação do Simpósio contou com uma vasta discussão sobre os temas: ‘Resistência Antifúngica’, ‘Resistência a Antimicrobianos em Produção Animal e seus Impactos em Saúde Única’, ‘Detecção Molecular da Resistência Antimicrobiana’, ‘Patógenos de Prioridade Crítica OMS/WHO: Um Desafio “One Health” para um Brasil Pós-Pandemia’, ‘Novos Antimicrobianos: o que teremos para tratamento de infeções fúngicas e bacterianas?’, ‘Resistência microbiana e IRAS: dados da vigilância nacional em serviços de saúde’, ‘Impacto Covid na resistência antimicrobiana’ e ‘’Resistência Bacteriana pós pandemia’.

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