Integrantes de uma associação de portadores de deficiência vêm conhecer a UNIGRAN.

A funcionária Rosália mostra aos visitantes as instalações da Clínica de Fisioterapia da UNIGRAN.
Um grupo de associados do “Centro de Convivência e Geração de Renda para o Portador de Deficiência Dorcelina Folador” esteve visitando as instalações da UNIGRAN, sábado, a convite da coordenação do ID_CURSO de Educação Física. Dessa visita, poderá nascer um novo projeto de extensão na área da Educação Física Especial, que é voltada para as pessoas portadoras de disfunções, e, também, na área de Fisioterapia. Os associados vieram acompanhados da presidente do Centro, Elza Pedroso, sendo recebidos pelo coordenador do ID_CURSO de Educação Física, professor Carlos Muchão Castilho, pela professora Lourdes Lago Stefanelo e por alunos que irão desenvolver o projeto, caso seja efetivado um convênio entre as duas Instituições. Os portadores de deficiência ficaram muito animados com essa possibilidade. “No que depender de nós, ele vai acontecer. Estamos prontos para começar”, disse o professor Carlos Muchão. Entre os associados, dois já são esportistas e anseiam que mais colegas se dediquem às atividades esportivas, apesar das limitações físicas. O serralheiro Jair Mieres da Conceição, por exemplo, foi logo mostrar as suas qualidades de atleta de “basquete em cadeira de rodas”, quando chegou ao Ginásio de Esportes. Aos 35 anos de idade, casado e pai de cinco filhos, ele conta que também pratica natação e halterofilismo. “A gente tem que lidar com a vida do jeito que ela é. Temos que tocar o barco para frente, erguer a cabeça e não pensar naquilo que a gente tem, e sim, naquilo que a gente pode fazer (...) sem o esporte, a gente fica mais paraplégico”, diz. Com a mesma maneira positiva de encarar as dificuldades, o prático em treinamento esportivo Daniel Moura da Silva, de 26 anos – embora apresente uma disfunção acentuada na perna esquerda, em razão de uma poliomielite sofrida aos 7 nos de idade – ensina crianças ditas normais, em uma Escola Estadual, e tem um aluno nas mesmas condições físicas que a dele. “Existe um grau de dificuldade, mas isso não impede a gente de trabalhar o básico”, afirma. Justamente essa é a principal diretriz da disciplina de Educação Física Especial, que é ensinada no quarto ano de Educação Física, tendo como orientação a melhoria da qualidade de vida dos portadores de disfunção. No tocante à prática esportiva, os acadêmicos estudam as adaptações feitas nas regras de vários esportes para que também eles possam praticá-los. Mais que isso, os estudantes são orientados a promover a integração entre crianças e adolescentes portadoras e não-portadoras de disfunções. “Nós queremos que os alunos, futuros profissionais de Educação Física, estejam preparados para quando eles forem para as Escolas eles possam adequar as atividades dadas às crianças ditas normais às crianças ou adolescentes que têm de disfunção física, visual, auditiva ou múltipla”, resumiu a professora Lourdes Stefanelo. Até agora, os acadêmicos aprenderam conhecimentos teóricos, como a fisiologia das disfunções e regras esportivas na Educação Física Especial, e simularam algumas situações por que passam os deficientes. A acadêmica Áurea Silva diz que as duas turmas de 4º ano estão cheias de expectativas com esse novo projeto. “Nós aprendemos a teoria e não a prática, quer dizer, só entre nós. Agora, vamos vivenciar isto”, falou. O “Centro de Convivência e Geração de Renda para o Portador de Deficiência Dorcelina Folador” é uma entidade criada e dirigida pelos próprios portadores de deficiência. Isso a difere da Apae e da Sociedade Pestalozzi, por exemplo, no entendimento da sua presidente, Elza Pedroso. Ela relata que, dos cem associados inscritos na entidade, cinqüenta deles participam regularmente das atividades promovidas pelo Centro de Convivência. “O Centro é um espaço público, é como se fossem alunos matriculados e alguns não freqüentam por falta de um veículo adaptado”, explicou Elza Pedroso. As dificuldades para manter a entidade não são poucas, mas os associados querem fazer valer os seus direitos. Entre esses, o de terem esporte e lazer com orientação especializada. Também, o direito de trabalhar, que é a principal bandeira dessa Associação. “Uma de nossas propostas é discutir a questão da empregabilidade. Não da empresa empregar [o deficiente] por dó ou por caridade, porque assim você estimagtiza mais o sujeito. Então, vai da empresa acreditar e se ajustar para que eles sejam vistos sob uma ótica de igualdade de eficiência”, disse a presidente da Entidade.

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