"Poder criador das novas idéias transforma a Escola e a comunidade", diz professor da UnB.

O professor-doutor Inocêncio Mártires Coelho, presidente da Banca de Mestrado desta manhã, mostrou-se muito satisfeito com a forma com que o ID_CURSO de Mestrado Interinstitucional em Direito está sendo concluído. O professor da Universidade de Brasília é um dos docentes desse ID_CURSO e acompanhou o seu desenvolvimento desde o início. “Esse é um programa de sucesso, que começa transformando a própria Escola por dentro e, a partir daí, a comunidade, pela função criadora das novas idéias. A Universidade de Brasília encontrou aqui, neste ambiente (na UNIGRAN), mais do que um campo propício para desenvolver as atividades intelectuais, encontrou uma massa crítica de pessoas obstinadas à realização de um projeto de emancipação real da comunidade (...) digo alto e em bom som, que essa foi uma parceria positivamente correta, educacionalmente correta e tecnicamente correta”, iterou o professor ao abrir a Banca desta manhã, que foi integrada ainda pelos doutores José Geraldo de Sousa Junior, professor da UnB, e Menelick de Carvalho Netto, da UFMG. Ontem à noite, o professor Menelick articulou Filosofia do Direito, Direitos Fundamentais, Justiça, Ética, Moral e Responsabilidade Social em uma palestra que proferiu aos acadêmicos de graduação em Direito. Ele considera, assim como a direção da Faculdade de Direito da UNIGRAN, que esse ponto de vista humanístico sobre as Ciências Jurídicas é o que caracteriza o operador do Direito na atualidade. “Se não, deveríamos mudar o nome dos ID_CURSOs de Direito para ID_CURSOs de Legislação”, foi enfático. Por duas vezes o professor da Universidade Federal de Minas Gerais fez elogios à estrutura educacional e aos alunos da UNIGRAN. DEFESAS Das quatro Bancas de Mestrado programadas para ontem e hoje, duas já foram realizadas e uma foi iniciada faz meia DATA_HORA. O mestrando José Eduardo Néder Meneghelli está desenvolvendo a apresentação da dissertação “Responsabilidade do Estado por ato jurisdicional lícito: prisão preventiva e posterior absolvição do acusado”. Pela manhã, o professor Edson Ernesto Ricardo Portes, ex-juiz de Direito, tornou-se Mestre em Direito com um proeminente trabalho. A sua dissertação “O Princípio constitucional da dignidade do direito da pessoa humana e os direitos fundamentais – Uma nova hermenêutica para o Século XXI” é uma pesquisa que propõe novas interpretações das leis, no sentido de afirmar o respeito aos direitos humanos, ou como está na Constituição de 1988, Direitos Fundamentais, reduzindo a passividade, o autor usa o termo estoicismo, dos operadores do Direito “em relação ao mundo que está fora do seu trabalho”. A dissertação foi explanada com clareza e objetividade, sendo recebida com entusiasmo pelos examinadores da banca que consideram que o Direito realmente precisa de novos pensadores neste século que se inicia. Ontem à noite, o décimo segundo mestre dessa turma recebeu a pós-graduação dos professores da Universidade de Brasília, os doutores José Geraldo de Sousa Junior, Marcus Faro de Castro e Carlos Alberto Reis de Paula, que é ministro do Tribunal Superior do Trabalho (TST) e o orientador do professor Carlos Roberto Cunha. Ele apresentou-se a essa Banca com a dissertação “Flexibilização das Leis Trabalhistas à Luz da Constituição”. Nesse trabalho, questionam-se as bases da Reforma das Leis Trabalhistas, que poderiam resultar em prejuízos paras os empregados regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho. O autor lança dúvida se a palavra “flexibilização” não poderia ser um eufemismo de “renúncia de certos direitos em troca do emprego”. Dessa forma ele chegou no que o professor Marcus Faro comentou: “Nessa época de tendência à Mercantilização de tudo, há valores que não estão à venda”.