Arquiteto do momento vem à Dourados expor as suas obras

Fernando Fortes é sócio fundador de um dos escritórios de arquitetura mais influentes do país

Fernando Fortes atua há 18 anos como arquiteto e seu escritório possui mais de 300 projetos já executados

Em 1999 quando ainda estava no último ano do curso de arquitetura e urbanismo da FAU-USP (Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo), Fernando Fortes e os colegas Lourenço Gimenes e Rodrigo Marcondes Ferraz, aproveitando da conveniência e afinidade de compartilharem dos mesmos ideais e conceitos arquitetônicos, resolveram encarar uma empreitada para lá de ousada e criaram o escritório FGMF Arquitetos.

A ideia parece absurda e até utópica, pois um escritório de arquitetura tocado por acadêmicos tinha tudo para não vingar, considerando a infinidade de correntes, estabelecidos, renomados e com muitos anos no mercado. Mas passados de 18 anos, o resultado foi muito diferente daquele que o senso comum poderia sugerir e prever à época. Atualmente o FGMF coleciona 380 projetos concluídos e uma legião de admiradores. A palestra foi realizada na UNIGRAN e faz parte da Semana Acadêmica do curso de Arquitetura e Urbanismo desta Instituição.

Na ocasião, o arquiteto explanou sobre algumas das principais obras do portfólio, que sempre privilegiam as áreas de convivência, além de serem idealizados visando a harmonização com o contexto urbano onde serão construídos. Além disso, o escritório conta com mais de 30 funcionários e recentemente transcenderam as fronteiras brasileiras e estão tocando projetos nos Estados Unidos e também na Bielorrússia (Belarus).

Fortes destacou a importância de investir mais tempo nos projetos, pois segundo ele, linhas em folhas de papel podem ser substituídas sem maiores esforços, já uma obra mau projetada e executada, raramente será demolida e tornar-se-á um estorvo quase que eterno para todos que a utilizam. “Nós acreditamos na possibilidade de fazer diferente, nada precisa ser feito como sempre foi. O que fizemos não queremos fazer de novo, então precisamos pesquisar, estudar, observar. Nada pode ser feito por fazer, cada obra precisa ser muito bem elaborada para que a relação com as pessoas seja a mais agradável”, complementou.

Defensor da escola humanista, o palestrante explica que a construção não pode ser vista isoladamente, mas sim como parte de um todo, assim, é elementar que se considere como todos esses elementos vão se relacionar. “Uma obra não é feita apenas para Fulano ou Beltrano, também é feita para a cidade, então a responsabilidade do arquiteto é enorme. No Brasil infelizmente não se da a devida importância para os projetos. Enquanto na Europa gasta-se três anos elaborando e um executando, aqui investe-se alguns poucos meses no projeto e depois consomem quatro anos construindo”, enfatizou.

Para aqueles que ainda estão na faculdade, Fortes sugere que se possível, além de estudarem muito, que viagem pelo Brasil, observando cada obra de forma aprofundada, procurando compreender todas as motivações que levaram a sua construção e por qual motivo ela foi feita de tal maneira. “Com uma mochila nas costas é possível conhecer muita coisa e gastando pouco. Com algum esforço e criatividade podem até fazer um mochilão pela Europa, tudo com o intuito de desenvolver o senso crítico como arquiteto e compreender a necessidade de conectar a obra com as pessoas”, sugeriu.

Semana Acadêmica

E assim como os projetos de Fernando Fortes, esta décima edição do evento, realizado de 14 a 18 deste mês, é executada de uma maneira inovadora, ousada e diferente do convencional. Nesta oportunidade os alunos não foram meros expectadores e sim idealizadores. Desde o ano passado, o trio Patrícia Tavares, Jaquerson Cavanha e Anderson Dalcin (sendo os dois primeiros do 10º semestre e o último do quarto), encabeçaram o grupo de estudantes que elaborou, organizou e colocou em prática. Os docentes do curso acompanharam todos os passos bem de perto e auxiliaram os futuros arquitetos nesta desafiadora empreitada.

O coordenador do curso, Márcio de Melo, diz que esta nova experiência começou de maneira insipiente no ano passado, quando a semente foi plantada. "Os questionários que os alunos fizeram na edição anterior serviram de base para tudo o que está ocorrendo nesse ano. Então dentro das possibilidades, conseguimos equalizar o ideal com o possível. Trazer um profissional como o Fernando Fortes foi uma iniciativa que foi ao encontro do que os alunos desejam e necessitam, assim como, fez jus a temática central deste semana acadêmica, que trata da ′′essência da arquitetura′′, elemento que este profissional usa em seu cotidiano", reforçou.

A acadêmica Patrícia Tavares diz que a escolha de Fernando Fortes para esta palestra foi motivada pela exponencial influência que os trabalhos do FGMF geram no setor, como também, pelo fato dos estudantes se inspirarem em seus conceitos na elaboração dos projetos acadêmicos.

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