Curso de Prevenção ao Suicídio capacita comunidade douradense

Curso de Prevenção ao Suicídio segue até o dia 26 de agosto na UNIGRAN

O tema é considerado tabu, falar sobre a terceira maior causa de morte entre jovens não é bastante comum. O Curso de Prevenção ao Suicídio, organizado pelo curso de Psicologia da UNIGRAN e que teve início no último sábado, 6, vem para desmistificar a temática, preencher a ausência de conhecimento da comunidade, além de ampliar as possibilidades de aprendizado dos acadêmicos e profissionais.

Este é o segundo curso no Brasil organizado neste formato. O professor Edilson dos Reis, capelão hospitalar e capitão do Corpo de Bombeiros, é quem ministra o curso. O pesquisador do tema trabalha no combate e prevenção ao suicídio em Mato Grosso do Sul. Para ele, é uma oportunidade de alavancar a possibilidade de qualificar pessoas para bem servir a sociedade que carece desse tipo de intervenção.

No Mapa da Violência, o Mato Grosso do Sul configura como o 4º estado do Brasil com alta taxa de suicídio. Em Campo Grande, no ano de 2016, foram registrados 847 tentativas de suicídio. “A ausência de mecanismos de pesquisas é que traz esse curso, ou seja, vamos formar um banco de dados, a UNIGRAN vai ter estatísticas para bem fomentar e fazer um mapa de onde pode agir com a prevenção do suicídio”, afirma Reis.

A abertura do curso contou com a presença do secretário de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp-MS), José Carlos Barbosa. O secretário menciona que a grande preocupação é de como criar um trabalho de sensibilização, formar pessoas, capacitar e compreender os sinais de quando uma pessoa chega a essa situação.

Durante sua fala, Barbosa falou que na área de segurança pública está sendo criado um programa estadual que será coordenado pelo professor Edilson. “O policial militar, o bombeiro e o policial civil trabalham com as desgraças humanas diariamente, esses profissionais são impactados pelo índice de violência, trabalham com a adrenalina a mil. Há uma pesquisa da Universidade Estadual do Rio de Janeiro em que entrevistaram 224 policiais, desses, 22 declararam ter tentado suicídio e, pelo menos 50, disseram ter pensado na prática em algum momento”, cita.

Ageu Costa Martins é cabo do Corpo de Bombeiro Militar do MS em Dourados há sete anos e está participando do curso. “Infelizmente são informações que não vemos com tanta frequência em nossa formação, a partir disso me interessei, pois volta e meia pegamos situações relacionadas ao suicídio. É uma forma de adquirir conhecimento para lidar com o atendimento às vítimas de tentativa de suicídio”, comenta.

Os bombeiros trabalham principalmente com os casos de negociações e técnicas para impedir as tentativas de suicídio. Para o cabo Ageu, a capacitação é “essencial no trabalho de prevenção, saber lidar, conversar com a pessoa para ajudar a mudar a forma de pensar e as atitudes, evitando assim, algo mais drástico que seria, infelizmente, a morte”, analisa.

Conheça alguns sinais

Primeiro lugar é a mudança de comportamento, conforme o capelão Edilson dos Reis. “O indivíduo fica mais retraído, perde o prazer nas coisas corriqueiras, o que ele fala na sua oralidade, o que posta nas mídias sociais, a questão de se auto diminuir, dizer que as pessoas não o amam, que ele não serve para nada, são sintomas de que as coisas não estão bem”, enumera.

Outro sinal preocupante, de acordo com o professor é a depressão. “Segundo a Organização Mundial da Saúde, 90% das pessoas que cometem suicídio têm depressão, sendo assim diagnosticar esses sintomas e tratar é muito importante, principalmente mudança de comportamento do indivíduo, sinal de alerta”, enfatiza Reis.

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