Gastronomia muda mercado e aumenta empreendedorismo em Dourados

Com a implantação do curso de Gastronomia, oportunidades aumentam em Dourados

Com a mudança econômica no Brasil, muitas pessoas que perderam o emprego fizeram o seguinte questionamento: “o que eu sei fazer que dê para vender?”. Segundo explica o coordenador de Gastronomia da UNIGRAN, Marlon Libório, essa situação alterou o mercado local e aumentou o empreendedorismo em Dourados.

Isso porque, para ele, muitos trabalhadores tinham a culinária como hobby (palavra inglesa que significa algo interessante que se goste muito de fazer nas horas vagas e para passar o tempo). “Faziam hambúrguer, bolo, tudo em casa. Então, enxergaram a saída do que chamamos de empreendedor de necessidade”, diz ele.

Libório relata que essas pessoas precisaram se recolocar no mercado de trabalho, o que somou, por exemplo, ao número de espetarias e hamburguerias no município. O detalhe, para o professor, é que nem todos conseguem se estabelecer. “Tem que ter uma estrutura, muitas pessoas abrem seus negócios, mas não têm cuidado junto à cozinha”, enfatiza.

Além disso, para aqueles que já estão no mercado, é necessária uma reorganização. O cenário, para o coordenador, é de que as pessoas deixaram de comer tanto fora, pois preferem fazer suas próprias refeições. Para atrair o cliente, é preciso algumas promoções, o que, por vezes, tem diminuído o preço de venda final. O comércio, no entanto, ainda vai bem.

Marlon Libório acrescenta que esse fator se deve a região ser voltada ao agronegócio. Ele lembra que as colheitas foram boas, portanto, fazem com que os douradenses não sintam tanto as consequências, ao contrário talvez da situação nacional. “O município é um dos que mais abrem empresas. Somos uma cidade polo, a região inteira vem aqui”, considera. Para ele, um mercado gira em torno do outro, como o de serviços. “Quem vem para o médico precisa comer, então se mantém as vendas”, exemplifica.

Outro diferencial é que aqui se preza muito pela carne e, com a proximidade dos frigoríficos, se aproveitam as “frescas”, diferente de São Paulo, onde a maioria é congelada. “O que se come aqui tem outro sabor”, completa. Nesse caso, o custo também é mais barato. O professor explica, porém, que as pessoas estão mais “certeiras”, se dedicando ao que vende a um determinado público. “Ninguém está se aventurando em uma coisa muito diferente para ver se dá certo porque, até então, o mercado está mais cauteloso”, relata.

Aos novos empreendedores, ele garante que é importante pensar, primeiramente, na gestão, responsável por 80% da continuidade dos negócios. Além disso, focar também no atendimento. “Se você chegou a um lugar e foi bem atendido, você fala para três pessoas e volta. Se foi mal, fala para 10 e esquece o local”, afirma.

Com este novo panorama, as oportunidades aumentaram também aos estágios. A partir do segundo ano de curso, o acadêmico tem que realizar 180 horas de estágio. Em um primeiro contato com as empresas, o professor reparou que os empresários estão de portas abertas a procura de profissionais capacitados. “Já estamos levando alunos para o trabalho”, comenta. Para ele, o essencial é ser apaixonado pela cozinha. “O prazer de fazer supera as dificuldade, só sabe quem sente”, diz Libório.

Ele nota que na cidade onde um curso de Gastronomia é implantado, de 2 a 3 anos, pode se perceber a mudança nos atendimentos locais. “Seja na cozinha, os pratos mudam, o acolhimento ao público muda. Sangue novo, mentalidade nova. Tudo isso mexe com quem está acomodado”, finaliza.

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