Para celebrar o aniversário de 20 anos da Brinquedoteca UNIGRAN, o curso de Pedagogia realizou diversas atividades. Oficinas, ações com as crianças e, para encerrar as comemorações, estudantes e profissionais da área participaram da palestra “O lúdico e a aprendizagem: possíveis relações”, ministrada pela professora Tânia Ramos Fortuna – UFRGS.
A Brinquedoteca UNIGRAN é um espaço em que os acadêmicos realizam suas práticas lúdicas, atendendo crianças para vivenciar as diferentes ações lúdicas: brincar, jogar, ler, fazer de conta, fantasiar, pintar e desenhar. A coordenadora de Pedagogia, Elizabete Velter Borges, comenta que a Brinquedoteca é um espaço laboratório que faz parte da formação de professores.
A semana de comemoração foi pensada para a criança, bem como para os acadêmicos. “Além das oficinas e atividades lúdicas, trabalhamos o tema da palestra sobre a importância de brincar, pois proporciona lazer, satisfação, alegria e o desenvolvimento da criança, tanto a que está na educação infantil, como também a dos anos iniciais do ensino fundamental”, menciona Elizabete.
A professora Tânia Ramos Fortuna destacou na palestra a preocupação em associar a existência de uma brinquedoteca universitária a uma atividade sistemática continuada de formação na perspectiva lúdica. “Ao fazer uma palestra sobre o lúdico e as suas relações com a aprendizagem, é importante conciliar a existência da brinquedoteca com uma prática formativa contínua, voltada a tornar educadores capazes de brincar e de valorizar o brincar”, afirma.
Abordando a busca de compreender a brincadeira, Tânia Fortuna ressalta “o significado de buscar a criança que temos dentro de nós e que brincou, é preciso ver para onde foi a brincadeira quando nos tornamos gente grande”.
A palestrante ainda fez uma reflexão sobre a presença e, segundo ela, a infelizmente e predominantemente ausência da brincadeira na escola. “Nos anos iniciais da educação infantil se faz mais presente e, como na medida em que crescemos, ela vai desaparecendo do universo escolar e associada a uma visão pejorativa, desqualificadora do brincar”, considera.
Para Tânia Ramos Fortuna, “brincar é aprender, educar é brincar e a brincadeira é essa mágica que, quando se realiza, nos pretende ir à lugar nenhum, porque quem brinca já está lá”.