Pesquisa inédita revela que 40 por cento de pacientes entrevistados apresentaram sequelas pós-tuberculose

Estudo foi realizado população indígena e não indígena na cidade de Dourados

Simone Nihues, professora de Fisioterapia da UNIGRAN, realiza pesquisa inédita no mestrado

A tuberculose é a maior causa de morte por doença infecciosa em adultos e, mesmo que tratadas, as pessoas infectadas pela bactéria Mycobacterium tuberculosis, podem apresentar alterações e sequelas pulmonares. Uma pesquisa de mestrado inédita realizada pela professora de Fisioterapia da UNIGRAN, Simone de Sousa Elias Nihues, orientada pelo Dr. Júlio Croda, infectologista, revela que a prevalência estimada de sintomas respiratórios crônicos e de distúrbios da função pulmonar foi de 45% e 41%, respectivamente.

O objetivo da pesquisa foi de estimar as sequelas em indivíduos pós-tuberculose, através da realização do exame de espirometria. O estudo estabeleceu ainda, uma comparação entre a população indígena e não indígena na cidade de Dourados. A amostra foi de 161 participantes, que responderam ao questionário clínico e realizaram a espirometria.

“Foi um trabalho intenso, a coleta não foi fácil, foi um desafio. Muitos pacientes negaram porque se julgavam curados, outros fizeram o tratamento sem a família saber. Procuramos pacientes que tinham terminado o tratamento de forma adequada, para avaliarmos quais foram as sequelas, porque eles voltavam para a rede pública como se tivesse com uma recidiva de tuberculose e, na verdade, eram sequelas”, esclarece a Simone Nihues.

Dentre as sequelas mais comuns da tuberculose estão: tosse, expectoração, dispneia – que é a falta de ar em atividades leves, como por exemplo, para caminhar ou subir escadas. De acordo com a professora, “a proposta é de que, a partir deste estudo, uma equipe multidisciplinar faça abordagem diferente com esses pacientes. A pesquisa foi tão reconhecida que tivemos o artigo publicado em um jornal brasileiro de doenças infecciosas. É muito gratificante, pois estudo é inédita em todo o mundo”.

A professora Simone destaca que o estudo vai servir como orientação para os médicos e equipe multidisciplinar, para que esses pacientes possam ser tratados de maneira adequada e serem reabilitados. “Por exemplo, a fisioterapia pode reabilitar na melhora da dispneia, amenizar alguns sintomas, para melhorar a qualidade de vida”, menciona.

As pessoas que tiveram tuberculose e não fizeram o exame de espirometria podem procurar o Centro de Referência em Tuberculose e Hanseníase – CRTH em Dourados, que fica na Rua Melvin Jones, nº 706 – Centro. O telefone para contato é (67) 3428-1251.

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