Artigo: O professor que amava os esportes...

Rubens Di Dio, 49, engenheiro civil é o pró-reitor administrativo e professor do ID_CURSO de Arquitetura e Urbanismo da UNIGRAN.
RUBENS DI DIO, engenheiro. ... era francês e defendia os princípios da interação, união e congraçamento entre os povos, o que está simbolizado nos cinco arcos entrelaçados sobre o fundo branco da Bandeira Olímpica. Pierre de Frédy, o barão de Coubertin, talvez coubesse bem como chefe de uma escuderia de Fórmula 1. A Ferrari, por exemplo. Pena que ele viveu entre o final do século XIX e início do século XX e seus compatriotas de hoje, dentre eles, Jean Todt, não aprenderam seus ensinamentos de desportista apaixonado pelo amadorismo e pelo comportamento ético desportivo. O ideal olímpico – "o importante não é vencer, mas sim, participar" – definido por um bispo da Pensilvânia, em 1908, e assumido como frase célebre dos Jogos Olímpicos, foi o norte de Rubinho Barrichelo; filho de italianos, porém, preterido em sua equipe, também italiana. O fato ocorrido em 12 de maio de 2002, na Áustria, invocaria uma série de temas filosóficos e científicos em diversas áreas do saber, como por exemplo, nas Ciências Administrativas. Vejamos! Trabalho em equipe em uma empresa: se não forem dadas chances iguais a todos dentro dela, o cliente poderá ficar desiludido. Funcionários mais competentes, empreendedores ou mais abastados devem curvar-se quando outros, nem tanto eficientes, executam as tarefas com mais presteza. Estes fatores são vivenciados pelos consumidores, que projetam a imagem da empresa no mercado. Pelo lado filosófico e histórico: deve vencer quem provar maior competência, arrojo, sorte... este é o ideal das Olimpíadas e que transportamos para todos os esportes. Porém, isso tudo cai por terra quando os princípios são invertidos. Para apenas citar, Coubertin não admitia esporte profissional. Sua luta era por um esporte puro, pelo congraçamento entre os povos, pela paz, pela ética, em que todos sabiam seus limites e procuravam melDATA_HORAr suas performances. É difícil julgar comportamentos, como o que aconteceu no Grande Prêmio da Áustria de Fórmula 1, envolvendo atletas (os pilotos) e os seus comandantes. Hoje, o Esporte está ligado a investimento; ninguém quer perder. Em uma reportagem de "O Estado de Paulo" (Lívio Oricchio - 13/05/2002), Jean Todt diz que a Ferrari cansou de ser derrotada – em 1997, 1998 e 1999 – e, em detrimento de uma série de princípios desportivos, foi tomada a decisão: "quem foi o melhor deve perder para beneficiar o conjunto". Acredito que, pensando como cientistas frios e calculistas, teriam suas razões para terem tomado aquela malfadada decisão. Mas como desportistas, penso que hoje, o "vermelho ferrari" representa o rubro de vergonha pela falta de modéstia e humildade, colocando em xeque a própria marca, que, até então, era tão simpática e competente no mundo automobilístico (na visão do cliente). Saber perder é tão importante quanto saber vencer! Reconhecer sua superioridade e respeitar os adversários é ato de nobreza, sendo que, pelo que sabemos, a Ferrai é comandada por nobres que provaram ser pobres quando os assuntos são a ética desportiva e a administração empresarial.

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