O desafio da Educação Física é difundir conhecimentos e educar para a boa saúde.

Dr. Barbanti, ao centro, com a coordenadora do Congresso, profª Lourdes Stefanelo, e os professores Ferrigolo (esq), Alex e Carlos Muchão (dir).
Quem já precisou ter uma perna ou um braço engessado sabe dos efeitos da inatividade para os músculos e articulações dos membros imobilizados. Sem movimentarem-se, acabam por definhar, uma vez que o organismo humano é um sistema que necessita estar em constante movimento para manter o seu vigor. Entre os determinantes de uma boa qualidade de vida, como, por exemplo, uma alimentação equilibrada e menos estresse mental, a atividade física é um dos fatores de maior importância para a saúde geral das pessoas e, acredita-se, está relacionada à maior longevidade. Isso porque, entre os animais, já está cientificamente provado que aqueles que são exercitados ou que vivem em estado natural, demoram muito mais tempo para morrer. Quanto ao homem, o Doutor Valdir José Barbanti, professor e diretor do ID_CURSO de Educação Física da Universidade de São Paulo e autor de onze livros, que são referência para milhares de estudantes universitários no Brasil, lamenta que as pessoas estejam utilizando o físico cada vez menos em suas vidas diárias. "A vida está organizada à margem da atividade física; quase não precisamos mais caminhar, não precisamos subir escadas e os nossos hábitos estão cada vez mais sedentários. Nesse quadro, é bastante complexo falar de qualidade de vida", disse em sua palestra "Aptidão Física e Saúde", realizada na UNIGRAN, nesta quarta-feira, abrindo o "I Congresso Brasileiro de Educação Física, Ética e Saúde" e o "II Congresso de Educação Física e Esportes de MS". Com quase sessenta anos de idade, o professor Barbanti exibe um físico invejável, se levarmos em conta os padrões que estamos acostumados a ver em pessoas dessa mesma idade. Aparentando saúde e muita disposição para o trabalho, ele veio falar das responsabilidades éticas e morais dos profissionais de Educação Física e do Esporte, no sentido de divulgarem os conhecimentos da Educação Física à população, para que as pessoas entendam o verdadeiro valor de seu próprio corpo e da saúde. "Acreditamos que aquilo que fazemos, que a promoção do movimento (da atividade física) é uma coisa útil para as pessoas; precisamos dizer isso e a sociedade espera isso de nós", disse o professor aos cerca de duzentos participantes da palestra. Barbanti defendeu também a popularização das práticas esportivas, em todas as idades, mas, principalmente, na infância e juventude. Em suas palavras, o esporte permite comportamentos que são elos de configuração interior, moral, intelectual e ética do ser humano. "Nossa missão é a de ajudar as pessoas a entender, compreender e a construir um esporte justo. Afinal, no esporte, há valores que são desejados: trabalho, competência, eficiência, profissionalismo, competitividade, vontade de vencer; exige estudos, reflexões, hábitos de vida saudáveis, ausência de vícios, sacrifícios pessoais", disse o professor que já treinou a Seleção Masculina de Basquetebol e elogiou a criatividade do brasileiro nos esportes coletivos. Argumentando contra alguns mitos que se criam na mídia sobre a saúde e o esporte, ele disse que não acredita ser correta a frase que diz que esporte é saúde; porém, está certo que não existe um esportista que não seja saudável. De qualquer forma, o esporte leva o seu praticante a ter uma boa saúde, não apenas física, mas também mental e espiritual. Para ele, o esporte na escola tem de ser um meio de educaçãoe todos deveriam ter o direito de praticar e aprender os esportes. "A nossa sociedade está perdendo alguns valores como a disciplina e a dedicação que o esportista tem de ter. Estima-se que na sociedade brasileira tem mais de 3 milhões de crianças de dez a 14 anos no mercado de trabalho; contudo, não existem no país 3 milhões de crianças praticando esporte, lamentavelmente; porque ainda penso que o esporte é um dos meios de a criança e do jovem encontrar o seu líder, descarregar sua energia e evitar esses males que assolam a sociedade atual, principalmente o uso da droga, o que nós temos que combater é o excesso do esporte", fez uma convocação aos profissionais de Educação Física, a todos, que advirtam a população e os atletas sobre o perigo do uso de anabolizantes para o organismo, considerando esse tarefa uma questão ética para a categoria. Aliás, um trabalho de iniciação científica, entre os mais de 40 que serão apresentados nesse Congresso, trata justamente do uso de substâncias anabólicas por praticantes de musculação em academias de Dourados. O professor Valdir José Barbanti iniciou há pouco o ID_CURSO de "Treinamento Desportivo", no Anfiteatro do Prédio I. Ele participa do Congresso na UNIGRAN até amanhã à noite.

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