Inovação, dinâmica na linguagem e Case Chiquinho Scarpa são destaques na X Sincom

Comunicação Social

Além da palestra, o repórter da TV Globo/SP, Phelipe Siani, ministrou uma oficina aos acadêmicos e profissionais da área

Durante a X Semana Integrada de Comunicação (Sincom) da UNIGRAN, acadêmicos e profissionais da área de Jornalismo e Publicidade discutiram os novos rumos da comunicação, destacando-se os fatores: inspiração, capacitação e criatividade com o advento das mídias sociais. O evento contou com palestras, exposições e, ainda, apresentação de cases de sucesso.

Na palestra de abertura, Samuel Segatelli, redator publicitário da Dim&Canzian, contou sobre o trabalho de criar e inovar na publicidade, diante da facilidade da internet. “Inovar na publicidade é fundamental. Falamos não só de hoje, fazer internet, fazer a rede social. Acho que, inovar na maneira do que vai falar para o consumidor, da maneira do que está dizendo, como está usando agora a arte das redes sociais, como está fazendo branding [gestão] da sua marca, como está se posicionando quanto à cultura, a relação sustentável, socioambiental. Então inovar é a palavra-chave, sem dúvida”, garante.

O publicitário falou de campanhas feitas na internet que erraram o tom da comunicação. “Acontece muitas vezes a campanha que é considerada homofóbica, uma campanha que foi pouco agressiva com mães ou com meios, isso acontece muito e tem gente pedindo perdão até não querer mais, depois gastando muito dinheiro com isso”, menciona. Para Samuel, “é fundamental ter um cuidado e ter delicadeza na maneira em que vai falar com o consumidor, é ele que vai comprar as suas coisas, tomar cuidado para não ser agressivo, o humor tem que existir sempre, mas ser muito cuidadoso com a maneira que vai brincar e falar”.

Outro destaque da 10ª edição da Sincom foi a participação do repórter da TV Globo/SP, Phelipe Siani, que utiliza a linguagem nas reportagens de telejornalismo de forma diferenciada e dinâmica. Conforme o jornalista, “a [linguagem de] TV sempre foi mais quadrada, agora não é mais, a TV está começando a encontrar novos caminhos. Eu acho que a gente precisa se redescobrir, seja o açougueiro que trabalha no açougue, seja um marceneiro, seja um repórter de TV ou de impresso”.

Phelipe Siani acredita que o caminho é sempre redescobrir. “A TV está fazendo isso, em uma velocidade pequena, a mesma coisa vale para todos os meios de comunicação. Utilizo nas minhas matérias uma linguagem que seja um pouco diferente. É muito difícil para a gente conseguir personagens diferentes, locações diferentes. A gente tem uma produção afinada. Então, por exemplo, a gente vai começar a gravar carnaval agora, já discutimos várias pautas e começamos a fazer um brainstorming (tempestade de ideias) absurdo. Eles têm ideias, eu tenho outras, a edição tem outras, a gente junta tudo e faz umas matérias completamente diferentes”, ressalta.

Enterro do Bentley e a doação de órgãos

O carro Bentley nunca ficou tão conhecido como no mês de setembro deste ano, quando o excêntrico empresário brasileiro Chiquinho Scarpa postou em sua rede social que iria enterrar o carro que custa R$ 1 milhão. O case, que ficou conhecido em todo o Brasil e até comentado em alguns países, tratou de uma campanha publicitária de Doação de Órgãos. Júnior Bottura, diretor de contas da Leo Burnett Brasil, agência de Publicidade que realizou a campanha esteve no X Sincom para falar sobre o processo de criação do caso.

O publicitário explicou que há três anos a Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (APTO) é cliente da agência. “Precisávamos de uma campanha para a Semana Nacional de Doação de Órgãos. Tivemos diversas ideias com o pessoal da criação. A gente achava que deveria fazer algo diferente e usar as redes sociais para divulgar. O desafio para a criação foi: precisamos fazer sem dinheiro, porque é uma associação sem fins lucrativos”, conta Júnior.

Segundo o diretor de contas da Leo Burnett Brasil, a ideia da campanha foi apresentada primeiro para o Chiquinho Scarpa, antes de apresenta-la ao cliente, tudo no sigilo, para que não estragasse a proposta. “Tem um lance dele ser maluco, passar essa imagem de que as pessoas acreditariam que ele faria isso mesmo, então acho que isso foi o sucesso da campanha. Ele topou, a gente apresentou, o cliente foi super corajoso, topou, porque a gente correu riscos. Tivemos medo, quando a gente viu o tamanho que ficou”, confessa.

O primeiro post foi no domingo. Júnior Bottura conta que “na segunda-feira já tinha um helicóptero e ele ficou quarenta minutos ao vivo na Record para o Brasil inteiro. Foi aí que a gente viu o tamanho do negócio que a gente tinha transformado. Já estava planejado que a estratégia seria revelada na sexta. A gente pensou bastante, contratou uma assessoria de imprensa que deram essa orientação, que a notícia vaza em menos de uma semana, tinha que ser rápido”.

Na sexta-feira, o Conde Chiquinho Scarpa revelou a ação de marketing por trás do "enterro" do Bentley, tudo para chamar a atenção e gerar mídia espontânea. “Eu não enterrei meu carro, mas todo mundo achou um absurdo quando eu disse que ia fazer isso. Absurdo é enterrar seus órgãos, que podem salvar muitas vidas. Nada é mais valioso. Seja um doador, avise sua família”, disse no post. Conforme o publicitário, o principal objetivo foi alertar que algo precioso não tem valor algum se estiver embaixo da terra, caso do carro e dos órgãos que não são doados. 

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