Trabalho de campo com insetos desperta interesse de pesquisa em acadêmicos

Ciências Biológicas

Os resultados foram apresentados para os alunos de outros semestres

O trabalho realizado pela turma do 6º semestre de Ciências Biológicas da UNIGRAN agregou conhecimento prático e despertou nos acadêmicos o interesse pela pesquisa. A análise de campo com insetos solicitado pela professora mestre Andreia Borghetti Falleiros, que ministra a disciplina de Zoologia, foi satisfatório tanto para os alunos quanto para a professora.

Segundo Andreia Falleiros, o biólogo precisa aprender a interdisciplinaridade principalmente na Zoologia. “A disciplina dada só em sala de aula fica muito isolada, eles não conseguem ligar o conteúdo de Zoologia aos demais conteúdos. Então essa ida a campo fez com que eles abrissem a visão e começassem a entender um pouco mais daquele determinado animal e suas características”, explica.

A proposta da professora foi que os grupos escolhessem uma flor e então a partir desta planta observassem quais insetos visitavam. “A ideia é que eles observassem os insetos, isso para complementar o conhecimento de morfologia de insetos e para eles perceberem que não é só morfologia, que as características que os animais apresentam se adaptam para interagir com outros organismos como plantas ou outros animais”, ressalta Andreia.

Para a acadêmica Sabrina Alves dos Santos, a experiência rendeu novos conhecimentos e descobertas. O grupo da aluna optou pelo estudo da flor de maracujá. “Escolhemos a flor porque nossa região é quente e o maracujá se desenvolve muito bem. O maracujá é muito valorizado comercialmente, não é uma fruta muito barata, porém o suco da fruta é bem aceito. Então, saber mais sobre a polinização dele é importante para o setor econômico”, menciona.

Sabrina descreve como seu grupo realizou pesquisa e a observação, “na literatura basicamente todos os autores falavam que a flor do maracujá se abre às 11h e se fecha às 18h. Quando chegamos a campo foi uma surpresa, pois chegamos às 10h30 e ela só foi abrir às 13h00 e fechou às 23h30 contrariando o que dizia a maioria dos autores”.

A acadêmica relata que a flor do maracujá é polinizada por apenas um inseto, a Mamangava, mas com a observação outro inseto apresentou características de polinizador. “Descobrimos outro inseto que tem potencial de ser polinizador do maracujá, uma espécie do gênero Bombus. Lógico que é necessário ter outros diversos trabalhos de pesquisas nessa linha para dizer de fato que este também pode ser um polinizador. Mas nós podemos dizer, com nosso trabalho, que ele tem um grande potencial”, afirma.

“De uma maneira geral nossa turma toda teve uma experiência muito boa, a grande maioria foi surpreendida com os resultados. Foi estimulante e deu para ver que muitas pessoas que não tinham vontade de dar continuidade nessa linha de pesquisa mudaram de ideia, já podemos ouvir o pessoal falando em mestrado e de continuar na pesquisa na linha da Zoologia”, revela Sabrina.

Professora Andreia conta que esse foi o primeiro contato dos acadêmicos com uma pesquisa de campo. “Queria mesmo era despertar neles essa curiosidade de pesquisador, despertar essa vontade de querer saber mais e o objetivo foi alcançado”, finaliza. [IO]

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