Pesquisa analisa alimentos comercializados nas cantinas de escolas estaduais de Dourados

Nutrição

Acadêmicos de Nutrição, sob a orientação da professora Rita Mendes, analisaram os dados da pesquisa feita nas escolas

A Lei Estadual nº 4.320, conhecida como Lei da Merenda Saudável, proíbe a comercialização, confecção e distribuição de produtos que colaborem para acarretar riscos à saúde ou à segurança alimentar em cantinas de escolas públicas do Mato Grosso do Sul. Para manifestar-se a favor desta Lei e em alusão ao dia do Nutricionista, comemorado neste sábado, dia 31 de agosto, o curso de Nutrição da UNIGRAN realizou uma pesquisa em 22 escolas estaduais de Dourados.

Das escolas estaduais visitadas, dez tinham cantinas e as demais não tinham. “Vimos que 100% das escolas que tinham cantina, comercializavam refrigerante. E 80%, oito delas, refrescos artificiais. Em 60% encontramos salgadinhos industrializados, 90% salgados de forno e em 80% balas. Então, isso pela Lei, não deveria ser encontrado”, afirma a coordenadora do curso, Rita de Cássia Dorácio Mendes.

Dados da Pesquisa sobre Orçamentos familiares (POF) – 2008/2009, realizada em parceria do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e Ministério da Saúde, mostrou que a obesidade e o sobrepeso têm aumentado, principalmente em crianças de 5 a 9 anos. 34,8% dos meninos e 32% das meninas estavam com sobrepeso e 16,6% e 11,8 obesos, respectivamente. Segundo a professora, “o nutricionista é um profissional preocupado com a saúde do indivíduo, em especial a alimentação. Então, promover alimentação saudável das crianças, promover a educação nutricional, foi a nossa escolha de ter esse manifesto em favor à lei”.

A acadêmica do 6º semestre, Juliana Nugeoli Zago, foi até a Escola E. Floriano Viegas Machado, que não possui mais cantina. “Considero muito importante ter feito esta visita. Porque na escola se aprende muita coisa. Então, se lá está aprendendo desde cedo que não é saudável comer aquelas coisas, se não estiver à venda, o aluno está aprendendo que não é bom”, comenta.

Juliana justifica que esse conhecimento adquirido na infância, “vai ser levado para a vida inteira e ele cresce aprendendo, tendo uma educação nutricional. Com isso, depois de adulto acarretará em menos índices de doenças relacionadas à obesidade, serão adultos mais saudáveis”.

A Escola E. Vilmar Vieira de Matos foi visitada pela acadêmica do 4º semestre, Ariane Caroline Pereira Vieira. “Eu fui ver os alimentos que eram vendidos na cantina e eu vi que tinha salgadinhos industrializados, refrigerantes, bolachas recheadas, balas, mas chicletes e salgado frito não tinha”, conta.

Conforme a pesquisa feita pela estudante, a dona da cantina tentou vender frutas, mas as crianças não queriam comer. “Lanches naturais também já pediram para ela fazer, mas as crianças não gostavam, sucos naturais ela também tentou fazer, mas era bem pouco que vendia. Então, vimos que era comercializado ao gosto das crianças, que são as bobeiras”, aponta Ariane Caroline.

A Lei da Merenda Saudável já está em vigor. A professora Rita Mendes esclarece que “a ideia desta pesquisa foi fazer um manifesto a favor da Lei. Então, nós estamos a favor da saúde das crianças, de um projeto de lei que regula, controla o que é comercializado nas cantinas, com o objetivo de que a escola passe a ter a finalidade educação nutricional. Na escola se aprende a ler, se aprende a escrever e por que não se aprender a se alimentar?”.

Para a nutricionista, além da fiscalização dos órgãos competentes, “cabe também todo mundo que está dentro de uma escola seja diretor, seja um professor, um educador e pensando no lado da educação, se preocupar com essa formação de hábito alimentar. Porque, na realidade, é o querer bem a aquela criança”. [SG]

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