Começa hoje o I Encontro Nacional Psicologia, Povos Indígenas e Direitos Humanos na UNIGRAN

Evento de Psicologia

O maior objetivo do evento é buscar soluções e melhorias para a saúde mental da população indígena brasileira

Serão realizados, simultaneamente, dos dias 7 a 9 de agosto, o I Encontro Nacional Psicologia, Povos Indígenas e Direitos Humanos e o II Seminário de Saúde Mental Indígena de Mato Grosso Do Sul. O evento tem como público alvo profissionais, pesquisadores, docentes, discentes, gestores públicos das diversas áreas, indígenas e público em geral, interessados pelo tema. Espera-se reunir cerca de 500 participantes na UNIGRAN.

O encontro é organizado pelo Conselho Regional de Psicologia – CRP14/MS em parceria com o Sistema Conselhos e apoiado pela UNIGRAN. Segundo a coordenadora do curso de Psicologia, Rosemeire Souza Martins, “o objetivo maior é a busca de soluções e melhorias para a saúde mental da população indígena brasileira, assim como questões ligadas aos Direitos Humanos”.

Dourados foi estrategicamente escolhida para sediar esses dois eventos, pois o estado de MS possui a 2ª maior população indígena e a região com maior densidade demográfica de índios do País, sendo que dos mais de 70 mil indígenas do Estado, 12 mil vivem nas aldeias Jaguapiru e Bororó, conforme os dados da Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai). O presidente do conselho de Psicologia CRP14/MS, Carlos Afonso Marcondes Medeiros, acredita que “trazer o evento para o nosso estado é mostrar ao Brasil que esse povo tem voz e direitos. Por isso fizemos uma aliança nacional com diversas instituições e lideranças indígenas acreditando na sinergia para que possamos contribuir com resultados efetivos para a melhoria da qualidade de vida desse povo”.

Para professora Rosemeire Martins, se faz importante ocorrer um evento como esse em Dourados, principalmente pela possibilidade de discussões de questões pertinentes e relevantes à população indígena, com uma participação significativa dos próprios indígenas. “No sentido de identificar as condições de saúde mental da população indígena nas diversas regiões do País; os problemas existentes e as diversas ações de prevenção e intervenção dos profissionais psicólogos. Assim como pelas contribuições nas discussões de profissionais da saúde, psicólogos, assistentes sócias, antropólogos, advogados, defensoria pública, autoridades federais, estaduais e liderança indígena”, considera.

Programação

Durante o I Encontro Nacional e o II Seminário serão realizadas mesas de debates com os temas mais relevantes voltadas para a Psicologia, Povos Indígenas e Direitos Humanos; apresentação de trabalhos científicos sobre a temática; cineclube com o documentário sobre o assunto como forma de fomentar a discussão; apresentação cultural e também uma plenária para apresentação, discussão e elaboração de documentos com as conclusões do evento.

A coordenadora Rosemeire explica que além de discutir questões relacionadas aos problemas de saúde mental nas populações indígenas, o encontro “defenderá a urgência da aplicação plena das políticas públicas na sociedade indígena e na sua diversidade de territórios onde habitam, isto é a precariedade ou limitação da disponibilidade dos serviços básicos que permitam uma perspectiva de vida completa no exercício de seus direitos. Abordar o fenômeno do suicídio nas populações indígenas que de acordo com Academia Internacional de Pesquisa em Suicídio (2006) tem um caráter epidêmico, por condições de risco como consumo de álcool e outras drogas. Bem como, as condições de pobreza e coexistência em um ambiente de violência. E pretende-se também discutir propostas de soluções”.

A inscrição é gratuita e pode ser feita no local. Mais informações pelo site: www.psicologiaepovosindigenas.cfp.org.br. Também é possível acessar a programação na página www.unigran.br ou na secretaria que foi montada no saguão do salão de eventos da UNIGRAN. [SG]