Biomédico orienta sobre medidas de prevenção a hepatites virais

Orientação na Saúde

Uma das formas de prevenção da doença é a vacinação

O último domingo, 28 de julho, foi o Dia Mundial de Luta contra as Hepatites Virais, instituído pela Organização Mundial de Saúde (OMS), com o objetivo sensibilizar e informar a população sobre os tipos de hepatites existentes e incentivar a realização do teste para o diagnóstico. As hepatites virais são infecções causadas por vírus hepatotrópicos, que provoca inflamação no fígado.

Existem cinco tipos de hepatites: A,B, C, D e E, designadas dependendo do vírus causador. Não é possível diferenciar as hepatites virais (se C, B ou A) apenas se baseando no estudo de sintomas relacionados a uma doença, pois elas apresentam quadros semelhantes, uma vez que o órgão principal atingido é o fígado.

Segundo o professor de Biomedicina da UNIGRAN, Fabrício de Melo Paixão, “no Brasil existem muitos casos de hepatites A, B e C, sendo que a A é mais comum em países em desenvolvimento. No estado do Mato Grosso do Sul, estas também configuram as mais comuns”.

O biomédico esclarece que a forma de transmissão depende do tipo de hepatite. “As hepatites A e E são transmitidas por via fecal-oral, através de alimentos e água contaminados. Já as hepatites B, C e D são adquiridas principalmente pela via parenteral, que é através do contato direto com o sangue, seja por objetos contaminados – agulhas, instrumentos de manicure, acidente laboratoriais, etc., sendo que a hepatite B é considerada uma Doença Sexualmente Transmissível (DST), pois geralmente é adquirida através da relação sexual”, afirma.

Consideradas doenças silenciosas, as hepatites virais são assintomáticas, ou seja, não há sinais aparentes. Em alguns casos o portador pode apresentar sinais relacionados à destruição do tecido hepático. O professor Fabrício ressalta que, “os sintomas mais comuns são icterícia (pele e mucosas apresentam-se em uma tonalidade amarela); hipocolia/acolia (fezes claras), colúria (urina escura), cansaço, vômito, dor abdominal, febre, etc. O surgimento ou não dos sintomas geralmente depende de alguns fatores como idade e estado imunológico do portador”.

Uma das estratégias para controlar a epidemia de hepatite B, que tem como principal fator de risco a transmissão sexual (50%), é a intensificação da vacina para todas as pessoas com idade até 49 anos. Existem vacinas apenas para as hepatites A e B, disponibilizadas pelo governo e podem ser administradas em postos de saúde.

Quanto a outras medidas profiláticas, que atuam como forma de prevenção à doença, vão depender do tipo de hepatite. “Evita-se a transmissão das hepatites A e E através do cozimento adequado dos alimentos, principalmente frutos do mar crus e água tratada. Com relação às hepatites B, C e D, as medidas de prevenção estão ligadas ao não compartilhamento de agulhas, uso de preservativos, esterilização de instrumentos invasivos – alicate de manicure, instrumentos cirúrgicos, etc”, enumera o biomédico.

Fabrício de Melo Paixão acredita que orientações educacionais à população infectada podem esclarecer sobre os potenciais mecanismos de transmissão e auxiliar na prevenção de novos casos. O professor alerta ao “não compartilhamento de agulhas, seringas, o uso de preservativos deve ser estimulado, não compartilhar lâminas de barbear, utensílios de manicure, escovas de dente. Indivíduos infectados devem ser orientados a não doar sangue, esperma ou qualquer órgão para transplante. E também, ao uso de equipamentos de proteção individual pelos profissionais da área da saúde”. [GM/SG]

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