Excesso de bebida alcoólica na juventude gera complicações na saúde mental e física

Risco de dependência

O alcoolismo é uma doença crônica que pode acarretar doenças como: cirrose hepática, hepatite e até mesmo câncer (Foto: Henrique Barrios)

Festas, churrasco entre família e amigos, essas e outras demais ocasiões contribuem para que o acesso à bebida alcoólica entre os jovens aconteça cada vez mais cedo, aumentando o risco de dependência futura. Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), o Brasil aparece em terceiro lugar, na América Latina, no consumo de álcool entre os adolescentes. Doenças como cirrose hepática, hepatite, fibrose, anemia, câncer, dentre outras, podem ser geradas pelo uso abusivo da substância.

O adolescente gosta de enfrentar desafios, burlar regras e, mesmo sabendo no que está se envolvendo, acredita que de alguma forma vai estar protegido. “Os amigos o desafiam e toda situação que se sente desafiado, ele vai tentar mostrar que é capaz de fazer mais e que não vai ter consequências negativas: não vai perder a consciência, não vai ter a percepção alterada. Então, os desafios dos amigos faz com que o estimule a realizar esse tipo de atitude de beber”, explica a coordenadora do curso de Psicologia da UNIGRAN, Rosemeire Pereira Souza Martins.

Ao decorrer dos anos é possível notar que o acesso à bebida alcóolica tem se tornado mais fácil, com isso a dependência também. Para Luciana Mariano, professora de Psicologia da UNIGRAN, “o uso e o abuso do álcool transformam o sujeito, a pessoa vai perdendo as suas características individuais, primeiro porque é um prejuízo neurológico, assim como alguns tipos de entorpecentes. A pessoa começa a se atrasar para o trabalho, começa sair de festa e ir direto para o emprego, começa chegar ao serviço cheirando álcool”.

Utilizar a bebida alcoólica para enfrentar problemas familiares ou até mesmo esquecer estes problemas, não é a melhor forma. “Jovens embriagados imaginam que desta maneira podem agredir o pai, a mãe, mas agridem a própria situação, por se verem impotentes perante este processo. Agora o que é importante que a gente diga é que, às vezes, o vício do alcoolismo não tenha começado na adolescência, pode ter começado até mesmo com uma pitadinha da cerveja na chupeta”, alerta a psicóloga Rosemeire.

Danos ao cérebro

O uso demasiado de bebidas alcoólicas causa inúmeros danos ao cérebro. “O cérebro de quem bebe demais, ocorre a perda das células da memória, depressão e comportamento agressivo. O cérebro ainda envelhece precocemente e pode ficar atrofiado. Além do efeito direto, quem bebe está mais sujeito a traumas na região da cabeça e a carência de algumas vitaminas para o bom funcionamento do cérebro”, esclarece a supervisora de estágio em Saúde Mental da UNIGRAN, Selma Thais Storti Ricci.

A enfermeira alerta que “podem ocorrer ainda alucinações, desorientação em tempo e espaço, confusão, delírios. Em casos mais graves distúrbios metabólicos, desidratação, convulsões e até mesmo óbito”. Selma afirma que “gera um problema para a saúde pública e uma grande perda na qualidade de vida. O alcoolismo é uma doença crônica, e podem aparecer diversas doenças como: a cirrose hepática, hepatite, fibrose, anemia, aumento da pressão sanguínea, lesões no pâncreas e estômago, câncer, entre outras”.

“O uso abusivo do álcool afeta os centros emocionais no sistema límbico, os alcoólicos se tornam ansiosos, depressivos e até mesmo podem tornar-se suicidas. Os efeitos emocionais e físicos do álcool contribuem para problemas conjugais e familiares, incluindo violência doméstica, problemas relacionados ao trabalho. Apesar de o álcool ter efeitos devastadores no âmbito social e na saúde de uma pessoa há tratamentos para solucionar ou amenizar o problema”, finaliza Selma. (GM/SG)

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