Fumar x Adolescência: uma relação que a família pode evitar

Perigo na juventude

No Brasil mais de 20 milhões de pessoas são fumantes (Foto: institutoarmstrong.com.br)

Você é fumante? Se a resposta for não, provavelmente conhece alguém que fuma. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), os fumantes representam 17,5% da população acima de quinze anos e isso não é pouca coisa, são 24,6 milhões de pessoas dando tragadas por ai. Mas, se quase todo mundo sabe que cigarro faz mal, por que começam a fumar? E por que começam a fumar cada vez mais cedo?

Para responder essa pergunta, é preciso entender um pouco sobre a adolescência. Segundo a psicóloga e professora da UNIGRAN, Nayla Cristina Santiago da Silva, é nesta fase que o jovem se encontra mais vulnerável. “Quando chega à adolescência, ele percebe que a família já não é mais tão interessante, ele quer participar de outros grupos sociais e, muitas vezes, para se sentir inserido, ele começa a ter comportamentos iguais”, descreve.

E, se o adolescente faz parte de um grupo de fumantes, pode adotar o hábito como uma forma de dividir uma identidade, ser considerado mais "bacana" pelos amigos. Foi o que aconteceu com Leonardo Estella*, 21, que começou a fumar aos 14 por influência dos amigos. “Eu ia em festas com bastante amigos, sempre andei com um pessoal mais velho. Todo mundo fumava e eu, meio influenciado pelo grupo, acabei fumando também”, conta.

Com Gustavo Alencar*, que experimentou o primeiro cigarro aos 17 anos, o começo não foi diferente. Segundo ele, o vício parecia algo distante. “Sempre soube de todos os danos que poderia sofrer, mas não considerava um vício no início, porque fumava esporadicamente durante festas, mas logo começou a se tornar uma frequência no meu cotidiano”, declara.

Os dois já tentaram abandonar o vício, mas acabaram voltando para o cigarro. Nayla explica que isso acontece porque o jovem recebe vários estímulos para continuar fumando. "É um pouco difícil diminuir o acesso ao fumo, porque é muito reforçador para o jovem. Quando você tem algo que é reforçador, é difícil retirar, mas a família pode ajudar muito", propõe.

Perigo maior

Mas o cigarro não é o único perigo. O narguile, muito comum nas rodinhas de amigos, pode ser ainda pior. Além de trazer todos os malefícios do cigarro, como câncer oral e de pulmão, impotência e doenças cardíacas, o narguile tem maior aderência ao pulmão. Isso acontece porque a fumaça produzida por ele, antes de ser aspirada, é resfriada pela água que compõe o artefato.

Além disso, segundo informações da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e o Instituto Nacional de Câncer (Inca), uma hora fumando narguile equivale ao consumo de cem cigarros, quantidade que um fumante moderado leva cerca de dez dias para consumir.

Para evitar todos esses problemas, o melhor mesmo é não começar com nenhum desses hábitos, mas se você já é fumante, um bom começo pode ser pedir a ajuda de amigos ou da família. "A família pode ajudar muito, demonstrando para esse adolescente que ele não tem essa necessidade. O jovem pode optar por grupos mais saudáveis como um estilo musical específico, religiões, esportes, animes, games, vários grupos que podem ser saudáveis", exemplifica a psicóloga Nayla. (TD)

* Nome fictício

UNIGRAN - Centro Universitário da Grande Dourados
FONE: (67) 3411-4141
Rua Balbina de Matos, 2121 - Jd. Universitário
CEP: 79.824-900 - Dourados/MS
Todos os Direitos Reservados

Baixe os apps Unigran


CONSULTE AQUI O CADASTRO DA INSTITUIÇÃO NO SISTEMA E-MEC