Simpósio de Serviço Social discute “Direitos Sociais”

Serviço Social

A palestrante Estela Scandola é militante dos Direitos Humanos

Na última semana, a UNIGRAN foi palco de uma discussão importante para a sociedade. O VIII Simpósio de Serviço Social debateu os direitos sociais através da luta e dos movimentos sociais. Para falar sobre o assunto o curso convidou a doutoranda em Serviço Social e militante de Direitos Humanos, Estela Márcia Rondina Scandola.

Estela Scandola destacou a importância dos movimentos para a aquisição e solidificação de direitos. “Uma realidade só muda quando tem movimento, não existe mudança de uma realidade sem que haja movimento. Existe uma ideia muito presente de que é possível mudar a realidade sendo bom tecnicamente, ser bom tecnicamente é uma parte apenas daquilo que você pode fazer como profissional. Se você se organiza por uma causa é isso que faz a realidade mudar. Uma realidade não muda porque eu sou bom tecnicamente, muda porque coletivamente impomos mudanças”, acredita a militante.

Os grandes movimentos sociais foram marcados por grandes passeatas e manifestações públicas, não que isso não exista mais, mas a luta e os movimentos encontraram outras formas de se manifestar. “Hoje, por exemplo, o movimento feminista não faz uma grande passeata, mas se mantem vigilante. Chamam a atenção com propagandas na televisão. Os movimentos têm demostrado diferentes formas de fazer manifestações”, relata Scandola.

A professora do curso e historiadora, Joana Prado, destaca a importância deste debate entre acadêmicos. “É necessário que a gente repense hoje os movimentos sociais, porque eles estão descaracterizados da ação política. O Brasil é um país que tem um movimento social intenso, mas acontece que não tem mais aquele cunho político de transformação dos anos 70 e 80. O que queremos com os acadêmicos é exatamente resgatar que esse movimento tenha essa característica, que se resgate um pouco deste sentido”, considera.

A doutoranda Estela explica que o assistente social é um facilitador do acesso aos direitos. “O assistente social tem uma possibilidade técnica de apoiar os movimentos sociais, mas também tem que estar como cidadão. É muito comum acharem que eles representam as causas, eles não representam, eles têm o conhecimento e devem contribuir com os grupos no conhecimento técnico, científico, político e metodológico para isso”, conclui. (IO)

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