Com o objetivo de conhecer um pouco sobre a saúde indígena das aldeias de Dourados, acadêmicos do 7º semestre de Psicologia da UNIGRAN fizeram uma visita técnica à Casa de Apoio à Saúde do Índio (Casaí), ao Centro de Reabilitação Nutricional – Missão Caiuá de Dourados (Centrinho) e ao Hospital e Maternidade Porta da Esperança.
Segundo a professora da disciplina de Psicologia de Saúde, Cíntia Garbin, o curso tem se preocupado com a realidade local e as possíveis áreas de atuação do psicólogo. “A disciplina tem demonstrado algumas áreas de atuação deste psicólogo no Sistema Único de Saúde – SUS, dentre elas o Subsistema de Atenção à Saúde Indígena (SasiSUS). Então, conhecer um pouco de saúde indígena faz parte de nossa realidade social, principalmente aqui no Mato Grosso do Sul, que possui a segunda maior população indígena do país”, afirma.
Os lugares visitados foram: a Casaí, que possui vínculos com a Rede Hospitalar, Rede de Atenção Especializada dos municípios e serviços de saúde para referências de casos clínicos; o Centrinho, que é credenciado pelo Sistema Único de Saúde, que tem por objetivo a recuperação nutricional de crianças indígenas e o Hospital e Maternidade Porta da Esperança, mantido pela Missão Evangélica Caiuá, credenciado pelo SUS, para atendimento nas áreas de clínica médica, obstetrícia, pediatria e recuperação de desnutridos.
“Visitas técnicas para atualização científica e acadêmica, contribuem com a formação profissional dos acadêmicos, por meio da observação de atividades práticas e situações profissionais reais desenvolvidas nas instituições que prestam serviços em saúde indígena. Pode-se oferecer a visualização da Rede de serviços em saúde de nosso munícipio na população indígena”, garante Cíntia.
O acadêmico Jeremias Gonçalves conta que a visita foi importante porque conhecia a saúde indígena apenas através da mídia. “O meu conhecimento acerca da realidade indígena era fundamentada no que a mídia propaga e alguns relatos de outras pessoas. Estar na aldeia possibilitou uma compreensão real do funcionamento da saúde indígena e suas particularidades. Um dos exemplos é a existência de um espaço, onde os indígenas hospitalizados podem reunir-se ao redor de uma fogueira, inclusive, assando algum tipo de alimento como a mandioca. Isso possibilita que o mesmo, embora esteja hospitalizada, tenha um pouco das características de sua residência”, relata.
Para Jeremias, a atividade contribuiu na maneira de compreender cada cultura. “A Psicologia precisa ser vista a partir das especificidades de cada realidade, de modo que não haja nenhum tipo de imposição. Para contribuir com a saúde indígena é necessário compreender os seus valores culturais. Isso é muito perceptível no atendimento à saúde indígena na aldeia. Os servidores da saúde buscam compreender os valores do índio a partir da sua cultura, galgando um atendimento de qualidade a eles”, destaca o acadêmico. (SG)