A partir de obra cinematográfica, acadêmicos refletem sobre preconceitos

Psicologia

Emocionados com a história os alunos discutiram a temática após o filme

Alunos do curso de Psicologia da UNIGRAN assistiram ao filme “Tudo sobre minha mãe”, obra dirigida pelo espanhol Pedro Almadóvar, que foi eleito o melhor filme no festival de San Sebastian e melhor diretor em Cannes em 1999, também levou o Oscar de melhor filme estrangeiro. O longa-metragem celebra a profundidade emocional do universo feminino em uma história que privilegia as mulheres. A oportunidade fez com que os acadêmicos refletissem sobre conceitos e a vida.

Conforme a psicóloga e professora Cíntia Garbin, o filme retrata especialmente a figura feminina, a transformação que não é somente física de um homem para uma mulher, mas também na transformação psíquica de ver a vida e enfrentar o mundo. “Enfrentar as transformações sejam essas curando as feridas, as mágoas, os assuntos inacabados, os amores perdidos e dos erros e as chances que às vezes a vida não traz. O autor traz bastante essa questão no sentido de que todas as temáticas se encaixam sobre a nossa vida, pois as coisas mais simples são as que dão sentido a nossa vida”, explica.

Os questionamentos após a exibição do filme e a troca de análises fizeram com que a turma se emocionasse ao refletir o significado da família e amigos. “Uma boa conversa, o relacionamento do outro, o cuidar do outro. Tirar toda a questão do preconceito e viver esse outro junto comigo nessa minha vida. São todas essas questões que a gente vivência não só na vida do psicólogo, mas na vida”, considera Cíntia.


O preconceito é um tema bem exposto no filme, o diretor instiga pensamentos e reflexões sobre a vida, a família, o convívio em sociedade. “As configurações de relacionamento por mais estranhas que pareçam é as que fazem mais sentido. É o que a gente mais vivência no outro, porque a gente não tem mais a família nuclear ‘papai, mamãe, titia’. Hoje a gente tem duas mães, dois pais, três, quatro avós, porque as pessoas estão casando mais que uma única vez, e é tudo diferente. São essas configurações que fazem parte da vida real e que a gente precisa lidar com isso, com essas diferenças”, esclarece a psicóloga.

Para a acadêmica Luana Barbosa Coelho, 18 anos, o filme vem para quebrar barreiras com o preconceito. “Esse filme mexe com a gente porque retrata pessoas diferentes uma das outras. Travestis, lésbicas, pessoas que transformaram seu próprio corpo, mas em moral, em caráter, são pessoas como todas as outras e até melhores que muitas que se dizem ‘perfeitas’. É como a professora disse: é para tirar o rótulo. Não estamos nos envolvendo com produto, embalagem, são pessoas. Precisamos enxergar quem a pessoa é, sua relação com o outro, na relação consigo mesma, como ela própria se vê. Se ela está feliz com sua condição, Acabou. Não importa para mais ninguém”, pondera.

Luana conta que gosta de entender as outras pessoas no que elas são, no que elas têm a trazer de bom, de diferente e de novo. “É lamentável, mas eu considero que o problema são as pessoas não se importarem em querer enxergar o outro. Eu acho importante que isso não aconteça, principalmente no curso de Psicologia. Enxergar o outro torna as relações muito mais fáceis”, finaliza. (WD)

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