Os estudantes do 5º semestre de Medicina Veterinária da UNIGRAN têm, em sua grade curricular, a disciplina de Piscicultura. E não é só na teoria que eles conhecem e estudam a criação de peixes. Após aulas no laboratório conhecendo as características de variados tipos de peixe, os alunos construíram maquetes para assimilar o sistema de cultivo.
A professora da disciplina, Cláucia Aparecida Honorato, afirma que a solicitação do trabalho foi para que os alunos interiorizassem o que é o sistema de cultivo. Cada grupo trabalhou com um sistema diferente. “Eles tiveram que fazer o planejamento real, com o tamanho do tanque ideal, quantos peixes cabiam em cada tanque, qual era o volume de produção, sistemas de sanidade, armazenamento de ração, tudo embutido que fechou dentro de uma maquete”, conta.
“Tivemos maquetes com o sistema de tanque rede utilizado para produção de pintado e de tilápia. Sistema intensivo de tanques cavados utilizando geomembrana para cultivo de camarão e tilápia em conjunto. E também um sistema para criação de truta, entre outros”, menciona a professora.
A maquete do grupo da acadêmica Ketlyn Zanetti é para uma produção de peixe de fluxo continuo, o sistema retira água do rio, passa pelos tanques sem água, individualmente, para não ter contaminação em outros tanques. “Essa água não fica parada no tanque, ela passa continuamente, sai e vai para um cano que cai num tanque de tratamento”, explica.
Já o trabalho do grupo de Lucas Alves é um tipo de sistema de produção intensivo com irrigação nos tanques individuais. De acordo com o estudante esse cultivo é mais utilizado para a produção de peixes de alto valor comercial, por exemplo, pintado, “é para tipos de peixes que exigem alto volume de água”.
Para elaborar a maquete a turma de Medicina Veterinária contou com o auxílio dos colegas do curso de Arquitetura. “Priorizei a interdisciplinaridade. Eles tiveram a ajuda de outros acadêmicos para conseguir fazer a parte de estruturação, porque nenhum profissional trabalha sozinho. Como veterinários eles vão trabalhar com engenheiros civis, arquitetos, agrônomos e zootecnistas, para poder conseguir efetivar um projeto de sistemas de produção seja ele qual for”, conclui a professora. [IO/SG]