Aula Magna de Psicologia traz “O humano: contemporâneo ou de todos os tempos?”

Psicologia

Estudantes e professores receberam o artista Paulo Paim durante Aula Magna

O curso de Psicologia realizou nesta semana a Aula Magna com acadêmicos de todos os semestres. Sob o tema “O humano: contemporâneo ou de todos os tempos?”, foi convidado o coreógrafo Paulo Paim para exibir uma performance do poema Metade, de Oswaldo Montenegro e falar sobre a construção do personagem. Em seguida, uma mesa redonda abordou os construtos da Psicologia Humanista e da Psicanálise sobre esse homem, o humano retratado na poesia.

A coordenadora do curso, Rosemeire Souza Martins, fala que o objetivo desta aula foi, primeiramente, fazer uma integração entre estudantes, calouros e veteranos, favorecer a integração já discutindo temas próprios da Psicologia, inclusive da Arte que sempre tem uma ligação muito direta com a Psicologia e que são as expressões humanas. A professora explica que “a poesia fala das angústias humanas metade é solidão, metade é estar junto, compartilhar. Então, em cima dessa performance as professoras falaram da perspectiva psicanalítica e da perspectiva humanista do homem, desse homem contemporâneo”.

Nisso, alguns questionamentos foram abordados: “esse comportamento que o homem tem é atual ou todos os tempos? Em todos os tempos o homem teve essas angústias? A todo o tempo ele tem essas angústias? Essa preocupação com o futuro, quem ele é, o que ele está atendendo, o que esperam dele, o que ele pensa a respeito de si, a respeito do mundo”, indaga Rosemeire.

A ideia de convidar o próprio coreógrafo foi para que ele mostrasse como ele construiu o próprio personagem. “Em meu processo de criação eu escuto muito a música e deixo as imagens virem na minha cabeça. Não como não se inspirar ouvindo a música do Oswaldo [Montenegro]. Eu fiquei uns dois dias ouvindo a música incessantemente no fone e quando eu entrei na sala para despejar os movimentos, eles vieram de uma forma bem gostosa”, esclarece o coreógrafo Paulo Paim.

O professor de dança contemporânea explicou em palavras o que faz em movimentos. O que e como ocorre este processo de passar os pensamentos da cabeça para o corpo. Segundo Paulo, a criação é “100% imaginativa, as imagens precisam vir na minha cabeça. Eu preciso ver esses movimentos por vultos, por desenhos no espaço dentro da minha cabeça e quando vou passar para o corpo tento ser fiel às linhas de desenho que aconteceram na minha cabeça. No caso dessa música, como é um poema e as palavras são encaixadas lindamente eu pensei em ilustrar as palavras”.

Após a apresentação do coreógrafo, a mesa redonda composta pelas professoras Bruna Paes de Barros, Maria Helena Touro Beluque e Elizete Bachi Comerlato, discutiu a temática. Para a acadêmica do 5º semestre, Isabel Cristina Jerônimo Mussoline, foi um impacto emocionante. “Eu acho que a Psicologia, por tratar das questões humanas, não pode deixar de lado o pensamento do homem enquanto um ser que produz, que produz arte e que expressa seus sentimentos”, afirma.

Para a estudante, a apresentação, ter o coreógrafo presente, o próprio artista para falar do seu processo criativo, foi maravilhoso. “E ainda ter presente duas abordagens tão importantes da Psicologia deu o contraponto, expressando o Humanismo mesmo nas dificuldades de falar de maneira generalista sobre o ser humano, mas interagindo com o artista, foi muito interessante. A parte da Psicanálise focou mais sobre a linguagem do processo da poesia enquanto palavra, que foi lindo também”, considera.

“Para mim, este foi um momento de estética, um momento onde o ser humano deixa de ser olhado só em um enquadre de abordagem e passa a ser visto na sua plenitude de sensibilidade. O próprio artista se emocionou na hora de falar do seu processo de criação”, finaliza Isabel Cristina. (SG)

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