Com a ajuda de uma cama elástica, grupo de acrobatas de Dourados, no Mato Grosso do Sul, desafia a gravidade no intervalo da partida
Pelo terceiro ano seguido, parte da diversão da torcida fica por conta do grupo "Ginasloucos", no Jogo das Estrelas, que, neste ano, viu a vitória do NBB Brasil sobre o NBB Mundo por 146 a 144. Com a ajuda de uma cama elástica, os "atletas-ginastas" desafiam a gravidade com enterradas impressionantes e levam o público à loucura.
- O jogo está bacana, mas essas jogadas dos acrobatas são o mais legal. É impressionante o que eles fazem. Gostei demais - afirmou o professor Valmor Júnior.
- Se apresentar no Jogo das Estrelas é muito bom. Já nos apresentamos até em porta de cemitério. Então, quando estamos em um evento desses, só de basquete, é diferente. A torcida vibra muito e, quanto mais gritam, mais a gente se empolga na quadra - contou Antônio Carlos Barbosa, integrante do "Ginasloucos" há 11 anos.
Formado em 1996, em uma faculdade de educação física da cidade de Dourados, no Mato Grosso do Sul, o "Ginasloucos" nem sempre utilizou as tabelas de basquete nas apresentações.
- No começo, era só uma brincadeira na cama elástica. Mas aí, vendo as apresentações de grupos de fora do país, dos Globetrotters, surgiu a ideia das enterradas e o grupo começou a treinar. A brincadeira cresceu e já estamos aí há 17 anos na estrada - explicou Antônio Carlos.
Foi assistindo a uma das apresentações do "Ginasloucos" em Dourados que Henrique Maia Bezerra, de 25 anos, se apaixonou pelo grupo. Quando entrou para o curso de educação física, passou de fã à integrante e já está há oito anos se apresentando pelo país.
- Eu estava no ensino médio e teve uma apresentação na minha escola que eu curti. Quando entrei no curso, fiz uns testes para o grupo e acabei ficando. Gosto muito. Fui aperfeiçoando ao longo do tempo e hoje minha jogada preferida é a enterrada do Superman, com o corpo todo na horizontal - contou.
Com uma carga diária de treinos, o grupo minimiza os riscos de acidentes, que, no entanto, acontecem de vez em quando. Mas nada que diminua a coragem dos atletas.
- Nós treinamos muito. Não é só brincadeira não. Às vezes acontecem algumas quedas, mas o segredo é voltar logo e tentar a jogada novamente, para não ficar com medo. Treinamos técnicas de queda, então os riscos não são tão grandes - contou Henrique.
- Quando nos apresentamos, a adrenalina vai lá em cima com os gritos da galera e isso que é o mais legal - concluiu. [Globo Esporte]