Médico legista fala sobre Radiologia Forense a acadêmicos da UNIGRAN

Drº Mário Batista durante a palestra na UNIGRAN

A II Jornada de Radiologia da UNIGRAN teve como tema a “Radiologia sem limites”. A discussão percorreu diversos temas e áreas da profissão, entre eles, a Radiologia Forense, abordada pelo médico legista Mário Batista.

O médico esclareceu pontos importantes da área forense e orientou os acadêmicos. “Para fazer qualquer coisa dentro da área forense é preciso ser policial, ninguém pode fazer nada dentro da polícia sem ser policial. O radiologista que trabalha dentro do Instituto Médico Legal (IML) é um policial que trabalha e faz a função de radiologista. E para essa função é necessário concurso público”, explica.

De acordo com Batista, a Radiologia hoje, dentro da área de necroscopia, ainda é muito restrita, “é usada basicamente em cadáveres frescos, quando se tem suspeita de tiro, quando não consegue achar o projétil dentro do indivíduo, então usa o raio-x para procurar. Em casos de cadáveres que já estão putrefeitos ou que estão queimados, se faz um raio-x do corpo inteiro para tentar descobrir alguma coisa, um corpo estranho, um projétil, um pedacinho de faca de qualquer coisa que possa estar dentro do corpo”.

Doutor Mário comenta que a meta hoje é fazer com que não se abra o cadáver para tentar achar a causa, “não que isso não vá ser feito, a questão é que toda vez que se abre um cadáver acaba destruindo toda a evidência. Com a causa determinada pela Radiologia já se consegue ter provas e evidências que se perpetuam através da documentação. Essa é a grande vantagem da Radiologia dentro da necroscopia, é a preservação da prova”, enfatiza.

Adriana Lemes de Morais, acadêmica do 4º semestre, aguardou com expectativa a palestra da Radiologia Forense. Segundo a estudante, é um assunto diferente e muito interessante, “nenhum dos temas das palestras que tivemos nós vemos tão a fundo na faculdade. Assim, temos uma visão mais ampla do que é e o que vem a ser”. (IO)