Pesquisa aponta principais problemas entre gestantes indígenas em Dourados

Jovem pesquisador explica resultados de pesquisa realizada com gestantes da aldeia Jaguapiru
A anemia como um dos principais problemas entre as gestantes indígenas da aldeia Jaguapiru. Esse foi o tema que deu base à pesquisa do nutricionista douradense Fabrício Murakami, de 26 anos. Graduado pela Unigran, pós-graduado em nutrição clínica pela GANEP (Curitiba-PR), e residente em atenção à saúde indígena no Hospital da Universidade Federal da Grande Dourados (HU - UFGD), o jovem apresentou no VII Encontro de Iniciação Científica, os resultados da pesquisa realizada durante um ano. Durante o evento realizado no Salão de Eventos da Unigran, Murakami falou sobre a importância de pesquisas desenvolvidas em favor das comunidades indígenas de Dourados. “Mato Grosso do Sul tem a segunda maior população indígena do país, e a realidade em que essas pessoas vivem é algo que nos faz buscar alternativas que promovam a mudança, e uma delas é através da pesquisa”, diz o nutricionista. Durante um ano, Murakami conheceu a realidade de gestantes de 10 a 19 anos, e também de 20 a 45 anos, moradoras da aldeia Jaguapiru. Através de questionários, e acompanhando resultados de exames realizados nos postos de saúde da aldeia, o alto grau de incidência de anemia nesses dois grupos. Ao todo foram acompanhadas 60 gestantes e metade delas ou estão em um grau avançado, ou no início do desenvolvimento da doença, que pode acarretar em nascimento prematuro do feto e até mesmo aborto. “É uma realidade complicadíssima, e eu pude identificar que um dos principais motivos se deve ao fato da grande maioria dessas gestantes possuírem renda inferior a um salário mínimo, o que compromete qualquer iniciativa de alimentação saudável e regular”, diz Murakami. Professora do pesquisador quando ele ainda era aluno, a nutricionista Tailci Cristina da Silva prestigiou a mostra do Encontro de Iniciação Científica, e ressaltou o quanto é gratificante para um docente ver um de seus alunos trabalhando em favor de um assunto tão importante. “É um orgulho ver alguém que tive a oportunidade de transmitir conhecimento, desenvolvendo uma pesquisa que mostra um problema tão grave. É muito bom ver que o trabalho de estudo que começou na faculdade, está seguindo, e pode beneficiar muita gente”, diz a professora. Para Fabrício Murakami, a realidade indígena possui uma infinidade de problemas que podem ser estudados e servir de base para ações de melhoria da qualidade de vida de quem vive nas reservas do país. Ele espera que um dia os resultados da pesquisa dele, e de outros profissionais, sejam o pontapé para ações de mudança na realidade indígena. “O meu maior desejo é esse. Que os dados da minha pesquisa e de outros profissionais possam mudar a vida dessas mães, que estão em condição de risco, e de todos os indígenas. A pesquisa tem essa finalidade: buscar dados que possam mudar a vida das pessoas para melhor”, finaliza. (Thalyta Andrade - acadêmica do 6º semestre de jornalismo da Unigran sob orientação do Prof.Me. Helton Costa)

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