Acadêmicos de Enfermagem realizam atividades no presídio Harry Amorin Costa

Em breve, a pedido da direção, o grupo deve voltar para falar sobre tabagismo (foto: divulgação/PHAC)
Foi a partir de uma atividade solicitada pela professora em sala de aula que cinco alunos do 4º semestre de Enfermagem da UNIGRAN decidiram enfrentar seus pré-conceitos e realizar um trabalho dentro do presídio Harry Amorin Costa em Dourados. Foram três dias de palestras, teatro, e orientação sobre doenças transmissíveis. Tatiana Vallezzi, coordenadora do ID_CURSO e professora da disciplina Enfermagem em Doenças Transmissíveis, foi quem incumbiu a cada grupo escolher o local e as doenças que seriam abordadas no trabalho. Foi então que o grupo das acadêmicas Kelen, Andreia, Adriana, Elenilza e do acadêmico Claudio optaram pela penitenciária. “A ideia de ser na penitenciária é porque eu acredito que a enfermagem também tem que trabalhar a questão da inclusão social. Às vezes quem está aqui fora acha que quem está preso não tem direito de ter informação, mas todos têm. E como o número de pessoas com doenças infecciosas lá dentro tem crescido muito entre os detentos optamos por fazer o trabalho lá”, explica a acadêmica Adriana Cardoso de Souza. As doenças abordadas pelo grupo foi tuberculose, HIV e a pedido da direção do presídio a hepatite. “Conversamos com a direção para ver quem era o melhor público para nosso trabalho e eles sugeriram que nós fizéssemos com os alunos da escola e com os funcionários da cozinha que são todos detentos do regime fechado”, informa Adriana. Os acadêmicos contam que tinham um conceito formado antes de conhecerem o local, mas a experiência oportunizada pelo trabalho acadêmico fez com que a visão mudasse. “Percebemos que eles necessitam de pessoas que demonstre um pouco de atenção, e que não tenha medo deles. Eles nos respeitaram, questionaram, fizeram perguntas, participaram muito do projeto e foi muito interessante”, diz Kelen Francelino Palhano. Dentro de toda programação elaborada pelos estudantes um ponto importante não foi esquecido, a linguagem. “Usamos uma linguagem simples, clara e objetiva para que todos pudessem entender. E assim eles ficaram a vontade para perguntar e nós para responder. Deixamos bem claro para eles que todos têm o direito à informação, e estávamos lá para incluí-los e não para saber o que eles fizeram”, completa Adriana. A professora Tatiana garante que essa experiência foi muito boa para os alunos, “é importante inserir o profissional em qualquer ambiente, quando falamos em presídio, em penitenciária, temos um certo preconceito a esse local e as pessoas que estão lá dentro. Então essa foi uma maneira que eles encontraram de quebrar esse paradigma, esse pré-conceito existente”. (IO)

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