Genética médico legal é tema de palestra na UNIGRAN

O perito criminal contou sobre casos que foram solucionados com o auxílio da genética médico legal
Acadêmicos da área de Saúde puderam aprender mais e discutir as novas tecnologias aplicadas na perícia oficial, especificamente nas atividades da criminalística, durante a IX Jornada de Biomedicina da UNIGRAN. No evento, Eduardo Carvalho de Almeida, perito oficial forence e perito criminalista do Instituto de Criminalística “Hercílio Macellaro”/CGP/SEJUSP/MS, palestrou sob o tema “Genética médico legal: método de obtenção e análise de perfis genéticos em criminalística”. Segundo o palestrante, o perito criminal tem uma formação na academia de polícia que dá uma visão geral acerca de vários assuntos e dentre áreas do conhecimento está a Biomedicina, que tem sua importância na pericia. “O papel do biomédico, estando no laboratório, será de realizar exames de natureza sanguínea, na identificação de material biológico, ele poderá realizar outros procedimentos voltados para a bioquímica, ensaios bioquímicos, exame de identificação humana pelo DNA e por outras amostras biológicas”, afirma. Eduardo explica que a perícia “procura dar materialidade a um lícito penal para poder fundamentar todo um corpo jurídico para colocar um criminoso na cadeia ou evitar que um inocente vá para ela”. Por isso, “a perícia criminal demanda de um contingente de responsabilidade muito grande, pois trata primeiramente de pessoas, mesmo aquelas que foram vítimas de morte, nós estamos tratando da coisa humana e daqueles que estão vivos com seus entes queridos, então ela é muito responsável, primeiramente pela vida humana e em segundo lugar porque trata da questão de se fazer justiça”, ressalta. O especialista no assunto abordou também a análise comparativa do processo de obtenção do perfil genético em casos de crimes cometidos em Mato Grosso do Sul, as modalidades de técnicas de extração do material biológico para análise molecular. “Tem um caso emblemático que conseguimos dar resolução, o suicídio da ex-médica Neide Mota, em que nós utilizamos vários procedimentos para atestar que ela realmente cometeu suicídio, isso, através da cena do crime, pela presença de seringas, por ter usado o cinto de segurança como garrote, então toda uma situação que culminou com esta análise de suicídio. Dentre outros casos, até o próprio Maníaco do Parque das Nações Indígenas, o Caso Motel, tiveram uma contribuição”, conta o perito criminalista. Para Geovana Dilorenzo, acadêmica do 6º semestre de Biomedicina, esse tema foi um dos motivos para entrar na faculdade. “Essa é uma das várias atribuições do biomédico. Além de ser muito interessante é uma ótima carreira a ser seguida, tem muito prestígio. Eu quero seguir esta área, sei que é muito difícil, tem que estudar muito”, conta. Quanto ao evento, a estudante garante que “foi fundamental a presença deste palestrante para dar exemplos. Como que se aplica no dia a dia, como eu vou agir em um caso, fazer os procedimentos no laboratório. Estava faltando uma interação entre um profissional que mostrasse a experiência a nós que aprendemos a teoria”. “Eu espero ter contribuído para a formação destes jovens, que ingressam nesta carreira brilhante da Biomedicina, mesmo sendo uma carreira muito nova aqui no Brasil, é uma carreira brilhante, que tem seu espaço na sociedade”, finaliza Eduardo Carvalho de Almeida. (SG)

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