Aprovação do Senado é mais um passo para legitimação do diploma de jornalista

O diploma é um pré-requisito para muitos profissionais exercerem a sua profissão. Porém, desde 2009, com decisão do Supremo Tribunal Federal, para o exercício da profissão de jornalista não é mais obrigatório. Após três anos da determinação, o Senado acaba de aprovar uma Proposta de Emenda a Constituição (PEC) que volta a validar o diploma universitário. A coordenadora dos ID_CURSOs de Comunicação Social da UNIGRAN, Gabriela Mangelardo, comenta que a aprovação do Senado é uma conquista para os jornalistas. “Para toda a categoria é uma vitória, porque não tem muito tempo que a obrigatoriedade do diploma tinha sido derrubada e agora isso demonstra um novo fôlego para continuar lutando pela qualidade da formação do profissional e, principalmente, para uma formação mais democrática”, afirma. Mas ainda há uma etapa a ser cumprida, a PEC terá de passar pela aprovação da Câmara dos Deputados. “Agora começa uma nova luta, uma luta para defender este projeto para a obrigatoriedade do diploma, mostrando a importância para os deputados, que agora são eles que irão avaliar a PEC e decidir se irão apoiar ou não a proposta dos jornalistas”, explica Gabriela. Mesmo com a não obrigatoriedade, o diploma tem um grande valor para quem quer exercer a profissão. “Muitos entendiam que a perda da obrigatoriedade era como se a validade do diploma tivesse sido colocada em jogo, mas isso não aconteceu. O profissional que já é formado, que já tem seu diploma, é tão válido como o de qualquer outra categoria, o que acontece é que da maneira que isso foi exposto, que foi trabalhado, muita gente não compreendeu e pensou que quem não tinha diploma não tinha mais validade, houve um mal entendido”, esclarece a coordenadora. Mesmo sendo uma profissão considerada “prática”, a universidade prepara o futuro jornalista para enfrentar no mercado de trabalho. Gabriela Mangelardo comenta que “o profissional que tem o diploma, tem uma preparação maior para participar, para colocar em prática de uma maneira que vá contribuir com a profissão, fortalecer e também legitimar”. (FC)