Acontece hoje a abertura da exposição "Entre o Sagrado e o Profano, o Passado e o Presente"

Exposição do artísta Douglas Raldi Herrera será realizada no Sesc Dourados
O ex-aluno e atual assessor/monitor da disciplina de Formas em Artes Visuais do ID_CURSO de Artes da UNIGRAN, Douglas Raldi Herrera, convida a todos a comparecer na Vernissagem, com coquetel de abertura da exposição “Entre o Sagrado e o Profano, o Passado e o Presente”, que será hoje, dia 20. O evento será às 20h no Espaço Alternativo de Exposição do Sesc Dourados, que fica na rua Toshinobu Katayama, nº 178, Centro. Entre o Sagrado e o Profano, o Passado e o Presente Douglas Raldi Herrera é um jovem artista que surge no cenário das artes plásticas de Mato Grosso do Sul com um trabalho inédito e criativo. Sua obra vem contribuir, ainda mais, com a pluralidade cultural de MS e para o enriquecimento da nossa arte. Suas obras, revelam hoje a força da mestiçagem no espaço da fronteira. Se por um lado as fronteiras geográficas e políticas são rigorosamente demarcadas, por outro, na arte e na cultura, se diluem e se misturam na confluência dos saberes, experiências e costumes. Dentre eles, a religiosidade popular se destaca e é manifestada coletivamente pelas populações fronteiriças. Essa religiosidade tem suas origens no catolicismo popular, cuja característica principal, segundo Marlei Sigrist, “é vincular o sagrado, demonstrando nas expressões de fé, e o profano, repleto de festanças com músicas, dança, risos, palavras, enfim, momentos sociais e intensa significação para os participantes”. É precisamente neste ponto de contato entre o sagrado e o profano que as pinturas e os objetos de Douglas Raldi assumem importância significativa para o contexto artístico-cultural sul-mato-grossense, uma vez que o artista elencou como argumento criativo símbolos, signos e materialidades da cultura paraguaia na fronteira. Assim, a principal santa das populações da fronteira Brasil-paraguai, a Virgem de Caacupé, o característico artesanato produzido no tear, o Nhanduti, a bebida mais tradicional do país vizinho, o Tereré na guampa de boi, as rendas e os bordados dos vestidos das grandes dançarinas paraguaias, denominadas de Galopeiras e outros elementos simbólicos, que caracterizam a cultura do Paraguai e influenciam a nossa própria identidade cultural, são resignificados pelo artista. Douglas se utiliza dos muitos elementos culturais que denotam a influência dos povos vizinhos em território sul-mato-grossense, explorando em suas obras o sagrado e o profano, a ancestralidade e novidade. Novidade essa evidenciada pela contemporaneidade de seus trabalhos artísticos que celebra, sobretudo, a memória como condição da humanidade. Pois, segundo a crítica de arte Katia Canton, “a memória física e psíquica, garantia maior da nossa condição humana, torna-se também uma das principais molduras da criação artística contemporânea”. Munido de afeto, lirismo e senso crítico, Douglas Raldi articula a sua própria memória individual com a memória coletiva para construir uma obra capaz de expandir a sua história pessoal de vida em pequenos e universais testemunhos sobre o passado e o presente, o eu e o outro de uma cultura umbilicalmente atrelada a nossa. * Paulo Roberto Rigotti Arqueólogo, artista plástico e historiador cultural Professor do ID_CURSO de Artes Visuais da UNIGRAN

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