Oficinas discutem línguas indígenas durante VIII Seminário Indígena da UNIGRAN

“A língua materna de uma pessoa é um veículo muito importante para a cultura e também para a identidade de cada indivíduo”, afirma a pedagoga Andrea Marques Rosa. É com essa finalidade que o VIII Seminário Indígena, realizado pela UNIGRAN, aborda o tema das línguas indígenas em suas oficinas. Hoje, 19 de abril, é comemorado o Dia do Índio. Eram eles que habitavam estas terras tropicais muito antes dos portugueses chegarem. E foi com a chegada dos estrangeiros que seus costumes, culturas e também a língua, foi sendo desvalorizada e em alguns casos esquecida. Por isso a abordagem do tema no seminário é importante. “A oficina foi elaborada para conversar a respeito da política linguística voltada às línguas indígenas: Terena e Guarani. Então, a ideia foi analisar como são as políticas elaboradas em favor as línguas e como essas políticas estão sendo tratadas aqui na nossa região”, disse Andrea. A pedagoga explica, que “as políticas linguísticas são ações pensadas pra fazer com que as línguas indígenas tenham status e função de língua oficial no sentido de dar não se percam”. Já se passaram mais de 500 anos e hoje as terras que eram exclusivamente indígenas são habitadas por uma miscigenação de povos, não há mais um povo de linhagem pura, a mistura de povos originou outras culturas. Porém a cultura de um povo não pode se perder ao longo da história, “é através da língua que nós transmitimos de geração a geração todos os nossos conhecimentos e nossas culturas caracterizando essa identidade do individuo, então é por isso a importância de trabalhar com a preservação das línguas indígenas”, finaliza Andrea Marques Rosa. (FC/IO)