Parceria mobiliza indígenas para segurança alimentar através da comunicação popular em Dourados

Na dinâmica "A bola da vez" os indígenas puderam expressar: O que é fome para você?
Um novo olhar sobre a segurança alimentar e nutricional entre indígenas. É nesse sentido que o projeto “Comunicação popular entre jovens indígenas de Dourados: mobilização pela segurança alimentar e nutricional da comunidade”, uma parceria da UNIGRAN com cinco agências da ONU no Brasil (Unicef, FAO, PNUD, OIT e OPAS), busca empoderar jovens indígenas de Dourados no enfoque da comunicação como ferramenta de transformação social. O projeto está sendo realizado no NAM da Aldeia Jaguapiru por meio de oficinas de motivação, nutrição, desenho, fotografia, radiojornalismo e telejornalismo, com alunos e professores das Escolas Guateka e Pa´i Chiquito. Os temas abordados são: o que é fome; o direito humano à alimentação adequada e a segurança alimentar nutricional. A coordenadora, Maria Alice Campagnoli Otre, afirma que “a comunicação pode ser um instrumento de transformação social e o projeto aposta nisso”. A professora dos ID_CURSOs de Comunicação da UNIGRAN explica que por meio da comunicação e dos conteúdos relacionados à nutrição, os indígenas vão ser multiplicadores do conteúdo dentro das aldeias. Para ela, “a iniciativa se faz importante pelo fato de que os indígenas não se vêem na comunicação do outro, então quando eles passam a fazer a sua própria comunicação, eles se tornam sujeitos do processo comunicacional e eles passam a ver o mundo de outra forma, de maneira mais crítica a partir de sua realidade”. Terezinha Bazé de Lima, pró-reitoria de Ensino e Extensão da UNIGRAN, ministrou a primeira oficina, ela acredita que “a alimentação passa pela questão da identificação, quando falamos em organizar a segurança alimentar de um indígena é diferente, pois cada um tem uma identidade alimentar”. Para a acadêmica indígena do 8º semestre de Pedagogia da UNIGRAN, Adriana Henrique Rodrigues, “é importante se sensibilizar do papel que temos para poder contribuir com a alimentação, nos vermos como responsáveis por alguma mudança”. Ela que é uma das monitoras o grupo de jovens indígenas participantes do projeto vê a necessidade da participação dos alunos das escolas, pois “começando pelo aluno, o aluno leva para casa e da casa vai para o vizinho, para os outros parentes”. Renan Mamede Rodrigues, 15 anos, aluno da Escola Estadual Guateka, é da etnia terena, ele revela: “estou aprendendo com os colegas, fiz novas amizades, tudo o que eu aprender aqui, eu quero transmitir sobre a alimentação como deve, como não deve ser, essa é a primeira experiência da minha vida com essas formas de comunicação”. As oficinas e as produções seguem até o mês de outubro. Em novembro, será realizada uma amostra das produções de desenhos, fotografias, spots para carro de som e rádio, vídeos de um minuto que serão apresentados em uma mostra de curtas, sendo aberta ao público, nas escolas envolvidas pelo projeto e no shopping de Dourados.

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