Lei trabalhista para indígenas é disponibilizada em áudio

Em áudio, pessoas de diferentes idades e níveis de instrução tem igual acesso à lei
Uma oficina de locução, realizada nesta semana pela UNIGRAN, qualificou quatro indígenas para gravarem em áudio uma das leis traduzidas para as línguas guarani-kaiowá e terena. Essas leis integraram uma cartilha que, em abril, foi montada por tradutores selecionados pela Instituição. O projeto é desenvolvido em conjunto com a Organização Internacional do Trabalho (OIT). A lei escolhida para se transformar em áudio foi a Convenção 169, que regula os direitos trabalhistas dos indígenas em todo o território nacional. Segundo a Convenção, o empregador deve respeitar e considerar os costumes e a cultura dos trabalhadores indígenas, além de reconhecer e garantir a eles os mesmos direitos trabalhistas dos outros funcionários. A responsável pela oficina é a professora Cristine Medeiros, que leciona Técnicas de Locução em Rádio e Televisão nos ID_CURSOs de Comunicação Social da UNIGRAN. Segundo ela, “a idéia é fazer com que eles fiquem mais à vontade e usem reID_CURSOs como a questão da respiração e da projeção da voz, elementos importantes para uma locução de qualidade”. A professora explica a importância de se disponibilizar a lei em áudio. “A comunicação verbal é de mais fácil amplitude. No momento em que essa lei se transforma em áudio, há uma possibilidade de compreensão muito maior”, conta. Nelsinho Francisco, 25, da etnia terena, que participa da criação do CD, acredita representar um papel importante no processo para diminuir as dificuldades dos índios em terem acesso às leis que os protegem. “A gente tem que preservar nossa cultura. A maioria dos índios não consegue ler em português, por isso foi muito importante a tradução e, agora, a gravação vai ajudar a entender melhor”, diz. A produção do CD deve durar duas semanas e todo o processo será acompanhado por profissionais, que darão orientações para ajudar a ter um resultado final de qualidade. O registro oral da lei ficará, então, a disposição da Organização Internacional do Trabalho. A tradução da cartilha com as leis foi convalidada em abril deste ano por um grupo de linguistas, professores, tradutores e representantes indígenas. O trabalho com os textos, que falam sobre direitos e deveres dos indígenas, é de responsabilidade da UNIGRAN e objetiva facilitar o acesso dos indígenas às informações sobre os direitos deles.

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