Estudante de Direito lança amanhã livro que já está sendo bastante elogiado.

O estudante universitário José Carlos Coineth, 23, do 4º ano do ID_CURSO de Direito da UNIGRAN, lançará o seu primeiro livro durante o “Simpósio Regional de Advogados e Acadêmicos de Direito do Novo Milênio”, que será aberto amanhã (29), no Clube Indaiá. O acadêmico vencedor do “I ConID_CURSO de Trabalhos Jurídicos da UNIGRAN” escreveu “O Direito e o outro – ensaio sobre a alteridade” (Ethos Editora, 80 pág.), obra filosófica fundamentada no pressuposto de que o índio “não existe”, tendo sido inventado pela racionalidade européia. Na seqüência desse importante lançamento, Coineth promete editar dois novos títulos em breve: “O Direito e o Empobrecido” e “O Direito e o Gênero Humano”.

Nascido em Aral Moreira, MS, José Carlos Coineth considera-se um pensador, cujas idéias estão fortemente apoiadas na Filosofia e na Teologia da Libertação latino-americana, que propõe uma nova fundamentação ao Direito, o qual ele afirma desconhecer a sua própria essência. “Talvez seja pretensioso de minha parte, mas eu estou sendo sincero”, disse contrapondo-se à ética utilitarista que impera em nossos modelos de desenvolvimento, bem como ao Direito dogmático e normativo, que, segundo ele, existe para defender os que têm propriedades e poder, e os que não têm nada, sequer têm direitos.

“O que eu quero dizer é que as nossas ciências jurídicas não incorporam mais a nossa realidade; ou seja, é partindo daqueles que não têm direito que temos que pensar o Direito daqui adiante. Devemos dar um basta a essa ética utilitarista e pensar em uma ética da libertação, fazendo uma redução do Direito à ética e da ética à vida, porque o mais importante é a vida. É a partir das condições objetivas da vida que nós temos que pensar o Direito”, posiciona-se o escritor.

Para José Carlos, a reformulação do pensamento tem de começar pelo reconhecimento da alteridade do “outro”. Em seu entender, o índio, ou nativo, como ele prefere, nunca teve a sua individualidade e o seu modo de vida reconhecidos, aqui e em outros países. “Nós temos de ter a noção de que os povos indígenas têm uma racionalidade própria, eles têm uma maneira de ver o mundo, coisa que nós não respeitamos”, pondera sem atolar-se na retórica, mas bem calcado em argumentos filosóficos existencialistas.

Dessa forma, e dentro de uma perspectiva fenomenológica, “Coineth procurou desvelar a relação que, historicamente, foi construída entre um sujeito que se disse cognoscente e um outro, tomado como objeto, produzindo um denso texto antropológico-filosófico em que o objeto do conhecimento torna-se sujeito na medida em que o foco da reflexão deixa de ser a racionalidade do conquistador...”, comentou o professor e escritor Helder Baruffi, coordenador do ID_CURSO de Direito da UFMS e membro do Conselho Editorial da Revista Jurídica da UNIGRAN.

FOTO: A reitora da UNIGRAN, Rosa De Déa, recebeu o livro de presente e foi honrada com o primeiro autógrafo do acadêmico José Carlos Coineth, autor de “O Direito e o outro – ensaio sobre a alteridade”, que é o primeiro de dois novos títulos que o autor promete para breve.

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