Temperatura baixa pode atrasar a colheita da cana

Professor explica que boa parte da plantação de cana é feita em pastagens degradadas
A queda da temperatura pode provocar o atraso da colheita da cana-de-açúcar. É o que afirma o engenheiro agrônomo e coordenador do ID_CURSO de Tecnologia em Produção Agrícola da UNIGRAN, Fábio Régis de Souza. Segundo ele, a cana tem redução na taxa de crescimento em temperaturas inferiores a 20ºC. “Uma colheita que ocorreria em novembro, por exemplo, poderá ser feita apenas em dezembro ou janeiro. No caso de temperatura abaixo dos 16ºC há a paralização do crescimento, o que retarda ainda mais a colheita”, diz o coordenador. Outro fator que compromete a cultura, conforme o engenheiro agrônomo, são os dias nublados. Com a presença de nuvens, a irradiação solar fica reduzida, comprometendo a respiração e a fotossíntese - processo em que a planta realiza a produção de seu próprio alimento através do ar e energia solar. “A cana tem um mecanismo de resistência, enfrenta bem as variações climáticas; contudo, fatores como a umidade na planta em conjunto com a baixa temperatura podem prejudicar a colheita programada”, reafirma. PRODUÇÃO Ano passado, apenas em Mato Grosso do Sul, existiam 14 usinas em operação, 28 em implantação e 52 em negociação. A projeção é de que, no Estado, sejam colhidos, pelo menos, um milhão de hectares de cana e produzidos 5,9 bilhões de litros de etanol no período 2012/2013. Dados do Unica (União das Indústrias de Cana-de-açúcar) apontam que a moagem de cana-de-açúcar na região Centro-Sul atingiu 39,67 milhões de toneladas na primeira quinzena de julho deste ano, queda de 4,95% comparado com a quinzena anterior, sendo destinado 45,17% à produção de açúcar e 54,83% ao etanol. Esse recuo se deve à ocorrência de chuvas durante a quinzena, ainda que em baixa intensidade, em algumas regiões produtoras. No acumulado desde o início da safra até 15 de julho, a moagem totalizou 255,19 milhões de toneladas, crescimento de 20,26% em comparação com o mesmo período da safra 2009/2010. De acordo com Fábio Régis de Souza, a agricultura da cana é importante para a economia de Dourados e o surgimento de outros setores da indústria tende a fortalecê-la ainda mais, uma vez que alguns deles têm a cana-de-açúcar como base da produção. Como exemplo, ele cita o frigorífico de peixe, que está sendo criado no município. Mesmo sendo outro setor da economia, a alimentação do peixe (ração) também é produzida a base da cana, matéria-prima na produção de etanol. (RS)

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