Assistentes sociais devem consolidar projeto ético-político, diz pesquisadora

Vera Lúcia Tieko, da UEL, falou sobre as lutas sociais e exercício profissional, na abertura do VII Simpósio de Serviço Social da UNIGRAN
Como forma de dar visibilidade a profissão do assistente social e ampliar as oportunidades de trabalho, garantindo respeito e admiração, é necessário que o profissional busque, sempre, a prática dos projetos ético-político da profissão. Esta análise é da professora doutora Vera Lúcia Tieko Suguihiro, que na noite desta terça-feira palestrou na abertura do VII Simpósio de Serviço Social da UNIGRAN. De acordo com ela, muitos profissionais estão acomodados nas definições históricas estabelecidas como oportunidade de trabalho, a exemplo das vagas oferecidas nas instituições públicas, onde os trabalhadores têm ou não tarefas estabelecidas. Quando tem, mantém sempre a mesma rotina, quando não, se sentem perdidos e não desenvolvem suas funções enquanto assistente social. Vera Tieko é docente da Universidade Estadual de Londrina (UEL) e percorre o país ministrando palestras em diferentes instituições. Ela vê com preocupação quando os assistentes sociais procuram por um “receituário” para saber as competências aderidas à profissão. “Nosso trabalho é social, com diferentes públicos que tem demandas e necessidades diferenciadas”, disse a palestrante, pontuando que a cada atendimento a uma pessoa ou família deve-se estabelecer atenção única. A intervenção não pode ser baseada em acertos e erros de outras situações. Ela lançou desafio aos profissionais e acadêmicos do ID_CURSO que participaram do simpósio. “Se queremos uma profissão valorizada e respeitada é necessária a busca destas condições. Quem dá o nosso status profissional somos nós mesmos e não podemos ser vistos apenas como o profissional bonzinho que ajuda o próximo, entrega cesta básica”, alertou a especialista, chamando a atenção dos profissionais e acadêmicos para juntos mudarem a visão que a sociedade tem sobre o assistente social. Vera Lúcia Tieko lembrou, ainda, da necessidade de os profissionais tomarem como ponto de partida a perspectiva filosófica de trabalho, de encontrarem meios para que as pessoas sejam beneficiadas diante da sua demanda e que, ao mesmo tempo, encontre alternativas de superação. O evento teve a participação de várias autoridades da assistência social, como a representante do Conselho Regional, Geórgia Munhoz, a secretária de assistência social do município, Itaciana Pires Santiago, da coordenadora do ID_CURSO, Maria Madalena Marques e da coordenadora executiva do simpósio, a professora Lívia Suguihiro. As atividades da semana acadêmica vão até sexta-feira, oportunidade em que serão debatidas temáticas como homofobia, racismo e patriarcado, experiências de estágios e trabalhos desenvolvidos em grupos acadêmicos. (FV)

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