Artigo Terezinha Bazé de Lima

HOMENAGEM ÀS MULHERES PELOS 101 ANOS DE COMEMORAÇÃO AO DIA INTERNACIONAL DA MULHER * Terezinha Bazé de Lima As mulheres - somos muitas - com diferentes personalidades, sonhos, preocupações, equívocos, valores, vícios, origens, etnias, idades, direito a opção/orientação sexual... mas há algo que nos une e pelo qual vale a pena nossa contínua luta: nossa autonomia e independência. É importante buscar a história do dia 08 de março, sendo que o primeiro Dia Internacional da Mulher foi celebrado em 28 de fevereiro de 1909, nos Estados Unidos. Em 1910, ocorreu a primeira conferência internacional de mulheres em Copenhagen, 1975 designado como Ano Internacional da Mulher e em 1977 a Organização das Nações instituiu o Dia Internacional da Mulher. Esse dia foi instituído devido à história das mulheres que ousaram sair de trás do anonimato e revelar seus múltiplos talentos e marcado por grandes mudanças que aconteceram ao longo do último século, já que na casa, na rua, no trabalho, na política, nas estatísticas, as mulheres não são mais as mesmas: elas mudaram e estão mudando toda a sociedade. A força feminina tem sido a maior contribuição e está mudando o mundo, o desenvolvimento da economia vital e as relações humanas e culturais. É uma transformação necessária à sobrevivência da Vida, que nenhuma área do saber, da política e do conhecimento pode mais ignorar. O movimento global pela justiça social, pela solidariedade e pelo enfrentamento a outros desafios, tais como a luta pela paz e pelos os direitos sociais, implica em contribuir na superação da pobreza, da discriminação, da dominação e tem contribuído, alertando para a responsabilidade de uma sociedade sustentável. É entre as mulheres que vive e renasce a esperança de novas alternativas para a sociedade. Alguns dados pintam um cenário promissor, as mulheres brasileiras constituem 52% da população, respondendo por mais de 40% da força de trabalho formal, o que as torna operadoras de importante parcela do Produto Interno Bruto (PIB) e construtoras de parte expressiva da riqueza nacional. A escolaridade feminina ainda é superior à masculina em todas as regiões do Brasil e em todos os níveis de ensino, contudo a situação de trabalho e emprego das mulheres ainda não encontra ressonância com o grau de capacitação por nós alcançado, penalizado-nos com ilegítimas diferenças. Uma pesquisa promovida pela Catho (Agência de Pesquisa) apresenta os seguintes dados: as mulheres ocupam 61,6% dos cargos administrativos em empresas privadas e públicas, com destaque na condução de salas de aulas e instituições de ensino. No entanto, quando o universo é o das altas chefias, a representatividade feminina despenca considerando que apenas 15,77% ocupam as cadeiras de presidente, diretor e ou gerente geral. A pesquisadora Amanda Fellows, do Instituto de Psicologia da Universidade de Brasília(UnB), apresenta uma explicação para esse fenômeno:“de posse das mesmas possibilidades que os homens, as mulheres ainda são alvos de preconceito de gênero”. A pesquisadora chega a essa conclusão ao estudar as condições de acesso a cargos de alta chefia e afirma: “elas entram por meio de conID_CURSO, mas internamente têm dificuldade de ascender profissionalmente”. Conclui-se, então, que a diferença de gênero aparece nos cargos de alta chefia, que são ocupados por processos internos, nos quais a mulher continua levando desvantagem. Nossa história vem sendo marcada pela participação, compromisso ético e capacidade naquilo que desempenhamos. Reconhecimento este, que traz também o orgulho de ser “mulher”. Isso já é motivo de esperança, mas é preciso fazer valer a nossa cidadania feminina, principalmente quando se trata de mulheres que carregam consigo uma história de vida, de luta, trabalho, ética e competência. Mesmo com essa análise, é importante destacar que as mulheres hoje ocupam postos nos tribunais superiores, nos ministérios, no topo de grandes empresas, em ONGs, lideranças comunitárias, políticas, em organizações de pesquisa de tecnologia de ponta, pilotam jatos, carros, carretas, comandam tropas, perfuram poços de petróleo e tudo mais. Assim, o dia oito de março é um dia especial, dedicado a todas nós, mulheres. Mulher, mãe, professora, mulher empresária, mulher profissional, mulher liderança, mulher política, mulher do campo, do lar, uma homenagem justa e merecida a mais da metade da população brasileira. Parabéns a todas nós, pela luta em busca de igualdade e do reconhecimento de potencial e sensibilidade sem limites. * Professora, Pró-reitora de Ensino e Extensão da UNIGRAN – Dourados, membro efetivo da Liga Feminina da Sociedade Brasileira de EUBIOSE- Departamento de Campo Grande/MS.

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