Formanda cega da UNIGRAN é símbolo dos formandos da Faculdade de Direito

Persistência e força de vontade. Foi com essas características que a bacharel em Direito Dalila Araújo dos Santos permaneceu durante cinco anos nos bancos da Faculdade de Direito da UNIGRAN e pudesse, nesta quarta-feira, 9, subir ao palco para receber o grau de bacharel. Sem poder enxergar o mundo desde nascença, ela diz que as dificuldades não foram em momento algum barreiras para que ela realizasse o sonho que carregara desde os 9 anos de idade: se formar em direito, para fazer justiça. Dalila foi o destaque pelo exemplo de perseverança na solenidade de formatura da Faculdade de Direito da UNIGRAN, ID_CURSOs de Direito e Serviço Social. “Durante os cinco anos de ID_CURSO eu nunca ouvi a Dalila questionar sobre suas dificuldades, muito pelo contrário, ela sempre foi uma pessoa que confiou na sua capacidade e lutou para que seu sonho se realizasse”, disse a diretora da Faculdade de Direito Noemi Mendes Ferrigolo, durante pronunciamento da colação de graus. A professora relatou que Dalila não enxergava com os olhos via com o coração. “Ela conhecia todos os professores pelos passos, pelo perfume. Era assim que nos conhecia de longe, antes mesmo de trocar uma palavra. Dalila foi para nós professores um exemplo de estudante que lula pelos seus ideais e procura, sempre, dar o melhor de si”, reiterou a diretora da Faculdade. Agora que é bacharel em Direito, novos desafios estão começando. O passo seguinte de Dalila Araújo é estudar para conID_CURSO do Ministério Público e da seletiva atuação de juiz estadual. Ela também pretende continuar seus estudos e cursar pós-graduação em Direito Penal. “Essa formatura é apenas o início de um dos sonhos que graças a ajuda da minha mãe, Nari, que sempre me deu apoio, e de todos os professores do ID_CURSO e da UNIGRAN, que me acolheram, pude concretizar. Agora vou estudar ainda mais para atingir os demais objetivos, de fazer justiça pela igualdade a todos”, disse a bacharel em direito. Durante os cinco anos, Dalila foi para a faculdade de Van, que a deixava defronte a UNIGRAN. Daí, ela ia sozinho. A estudante conhecia o caminho certo e fazia questão de utilizar as escadas para ir à sala de aula. Dalila dispensava o elevador. Sempre de bem com a vida, conquistou o carinho dos colegas e professores, pessoas aos quais ela disse que irá carregar como lembrança, dos belos momentos de faculdade. Cheia de orgulho ficou a família de Dalila que acompanhou a cerimônia de colação de graus e viu a plateia de mais 1.200 pessoas aplaudi-la de pé. “Estou muito feliz por ver minha filha conquistar parte de seu sonho. Ela sempre quis cursar Direito e a força de vontade dela fez superar todos os desafios e barreiras que só uma pessoa cega sabe como que é”, disse a mãe Nari dos Santos Pires. (FV)